Famílias Mortais

Família Gardner

Faz tempo que escrevi esse capítulo, e ele nunca foi revisado. Vou revisar uma hora ou outra, provavelmente. Enquanto isso, ignorem os erros ortográficos.

Ah, e sobre as publicações. Eu ainda vou fazer os próximos capítulos quanto desta fic, quanto da outro Sobre Semideuses e Pais, e como são relacionadas, decidi que numa semana vou publicar um ou dois capítulos de Sobre Semideuses e Pais e na outra vou publicar capítulos dessa aqui; tá meio confuso, mas é tipo: nessa segunda ou terça eu vou publicar capítulo de Sobre Semideuses e Pais, e na terça que vem eu público um novo capítulo de Famílias Mortais.

Cuidar sozinho de Katie Gardner talvez fosse o maior desafio que o patriarca Gardner já teve que encarar. Aparentemente, Karlos tinha muita devoção à tarefa de ser um bom pai para a filha com que Deméter, seu outrora amor, lhe presenteará. E é claro, para o Gardner, como um homem, não era nada fácil criar uma filha menina, pois o mesmo não fazia ideia de como lidar com uma garota. Cresceu sendo o filho caçula entre seus dois irmãos. Nunca teve uma irmã para sequer ter alguma experiência, e por isso, quando percebeu o quão desafiador seria aquela tarefa, lamentou e desejou que seus pais tivessem tido uma filha mulher para o ajudar.

Os primeiros meses foram uma droga. Karlos, além de não saber cuidar de uma menina, não sabia nem trocar uma mísera fralda, e tirar a bendita fralda era ainda mais difícil do que a pôr. Afinal, aquela porcaria era feita de quê? Aço?

Resumindo, não sabia como fazer merda nenhuma.

Sua salvação fora quando, três anos depois do nascimento de sua querida e trabalhosa filha, conhecerá Cassandra Hale - ou Cassie, como ela preferia.

Talvez se casar tendo uma filha tão nova não tenha sido sua mais genial ideia. Mas o seu coração falou mais alto, e talvez, somente talvez, ele tenha mergulhado nessa de cabeça para cobrir o buraco em seu orgulho e coração, visto que ambos foram abertos quando Deméter o deixou.

De início, foi como um sonho realizado. Cassie o ajudará na criação de Katie, e sendo uma especialista na área das garotas, obviamente tinha mais noção do que fazer para ajudar Katie com seus problemas ocasionais da infância feminina. Porém, como uma mulher no alge de sua beleza e feminilidade, Cassie exigia tanta atenção de seu marido quanto a pequenina Katie, e com o tempo, começou a disputar com a menina pela a atenção de Karlos.

— Querido, tenho uma notícia que vai mudar nossas vidas para melhor. A dose de felicidade extra que precisávamos! — dissera Cassie, numa noite, pulando em entusiasmo. — Sabe, ultimamente eu tenho me sentido meio enjoada e mau-humorada, talvez você já deva até ter percebido. Também venho tendo esses desejos... Aí! Você nunca vai adivinhar!

Karlos arqueu as sobrancelhas, curioso.

— O quê?

— Meu amor, é para você adivinhar!

— Hm... Você ganhou uma promoção no seu trabalho e anda tão ansiosa e animada a ponto de começar a passar mal? — arriscou Karlos, e sua companheira apenas riu.

— Passou longe, querido, passou longe. — negou ela, ainda com um enorme sorriso no rosto. — Se bem que isso é a minha cara mesmo, né? Ah, nossa, estou divagando de novo! Tenho que ir direto ao ponto. Enfim, estou grávida!

Karlos arregalou os olhos, e pôs um sorriso ainda maior que o da esposa em seu rosto. Seu olhar brilhou em felicidade e ele prontamente se ajoelhou em frente a barriga de Cassie, iniciando uma apresentação e conversa adequada com seu novo filho ou filha.

O Gardner não percebeu os pequenos olhos castanhos de sua outra filha observando a cena pela a fresta da porta escura de madeira do outro lado da sala, segurando um pequeno desenho agora manchado de lágrimas e borrado, do que antes era para ser um desenho de sua família perfeita, ela e seu pai.