- 𝐌𝐀𝐈𝐓𝐄̂ 𝐎𝐍 -
Hoje mais cedo, tive o azar de acordar mais atrasada do que nunca. (Chame isso do que quiser, menos de sorte).
Eu e meu pai saímos as pressas do apartamento e pegamos todas as espécies de atalhos possíveis. E como se não bastasse, passamos longos minutos perdidos, até que nos damos conta de que estávamos andando em círculos.
Acordar nas pressas e ainda precisar ouvir meu pai murmurando o tempo todo foi uma tortura.
E quando finalmente chegamos, demos de cara com um grande e azulado ônibus.
Os garotos gritavam, afobados, de dentro do ônibus.
— Surpresa. — Disse meu pai, bufando.
— Algo me diz que isso também é uma supresa para você, mas caso não seja, pode me explicar o que diabos está acontecendo aqui? — Eu respondi, confusa.
— Digamos que sim, eu não sei como pude me esquecer de que hoje teriamos Trote da Seleção Espanhola. — Ele refutou, se encostando na porta do ônibus.
— Por isso tão afobados. — Eu disse, rindo silenciosamente. — Mas o que seria esse tal "trote"?
— É basicamente um encontro com todos os jogadores da Seleção, para fazer farra, eu diria. Você vai ver. — Ele explicou.
Quando adentramos o ônibus, pude avistar Ferran e Gavira me chamando dos quatro últimos bancos vagos do ônibus.
— Pensei que não viria. — Disse Gavira.
— E vocês iriam ficar sem técnico no dia do trote? — Eu perguntei, rindo.
— Então já te contaram? — Perguntou Ferran.
— Não exatamente. — Eu refutei.
— Senta aí. — Apontou Gavira, para o assento ao seu lado.
— Onde está Pedri? — Eu perguntei, me assentando.
— Atrasado, como sempre. — Ferran disse, parecendo levemente desapontado.
Mudamos de assunto, até que eu me dei conta de que ambos haviam deixado um lugar vago ao meu lado, evidentemente para Pedri.
— Finalmente! — Ferran disse, abrindo os braços em sinal de indignação.
Era ele, agora, caminhando até nós.
— Demorou até menos do que eu esperava! — Disse Gavira, levantando-se para comprimentar seu melhor amigo.
— E você, Estressadinha, o que faz aqui em dia de trote? — Pedri perguntou.
— Vim te ver, González. — Eu retruquei, claramente sarcástica.
— Ah sim, como imaginei. — Ele refutou.
— Se imaginou, então anda pensando em mim, certo González? — Eu disse, orgulhosa.
— É isso que você quer, não é? — Retrucou.
— Isso o que? — Perguntei.
— Que eu pense em você. — Disse Pedri.
— Não preciso querer nada, você mesmo já pensa em mim por si só. — Refutei.
— Isso só nos seus sonhos. — Respondeu.
— Você não está nos meus sonhos, González. — Eu disse.
— É? — Ele disse, sarcástico, porém ainda sério.
— Sentem-se todos, por favor! — O motorista gritou, de longe.
Nos encaramos por mais alguns segundos e ele logo se assentou ao meu lado.
Foi uma longa e barulhenta "viagem".
Desde o ônibus, nenhum deles parou quieto por nem um mínimo segundo.Todos se assentaram em uma larga mesa.
Meu pai, como técnico, foi o escolhido para dar início.
Mesmo tendo sido "pego de surpresa", tenho a certeza de que ele havia se preparado para aquilo desde muito tempo.
— Bom dia, garotos. — Disse meu pai, recebendo como resposta batidas contínuas na mesa.
Eu não fazia ideia de como aquilo funcionava, então confesso que foi extremamente confuso.
— Bom dia, garotos! — Repetiu, agora, em alto tom, finalmente recebendo um longo e sincronizado bom dia de todos.
E ali se começou um longo discurso.
Teoria comprovada. Ele estava, sim, pronto para aquele momento.
CZYTASZ
𝐌𝐈𝐃𝐅𝐈𝐄𝐋𝐃 - PEDRI GONZÁLEZ
Romans• Onde Maitê Schmütz, filha do novo técnico da seleção espanhola, precisa se mudar para a Espanha com seu pai, com o intuito de ir aos treinos da seleção e viver muitas aventuras em um novo país, e acaba conhecendo o meio-campista, Pedri González. 1...