A Escolha na Akatsuki +18

Especial: Aniversário

A casa estava cheia, passamos por uma semana sem missões. Aparentemente algumas delas foram feitas por pessoas cujo nomes não foram divulgados e isso me deixava muito desconfiada.

Enquanto todos jantavam entre a algazarra que as conversas se atropelavam, eu continuava brincando com o garfo no prato, mexendo a comida de um lado para o outro.

"S/n?" Ouvi alguém me chamar ao fundo, até insistir pela segunda vez e eu finalmente dar atenção.

Konan - S/n está tudo bem? Você mal tocou na comida. -tocando em meu braço com um tom de voz preocupada

S/n - Está sim, só estava pensando em algumas coisas. -destilei um sorriso falso para deixá-la tranquila

Konan - Você tem que se animar, amanhã é o seu aniversário! -voltando a conversar com os demais

Está aí mais um motivo que pertubava a minha mente. Eu espero de coração que ela tenha sido a única a se lembrar, eu não estava nem um pouco afim de comemorar.

O único que faria questão de lembrar a todos sobre a data está longe, Sasumi e Iori estavam em uma viagem há duas semanas, então eu torcia para que isso apenas passasse em branco.

Ao outro lado da mesa, enquanto ninguém sequer prestava atenção na minha feição, Shinki me observava com a cabeça apoiada as mãos, desviando o olhar sutilmente quando cruzei meus olhos aos dele.

Sem muita cerimônia eu me levantei no meio da zona largando a comida do jeito que estava e subi as escadas indo até meu escritório e me trancando la dentro.

Caminhei até o sofá e me joguei entre as almofadas afundando meu rosto entre elas.

Tentei me sufocar por alguns minutos até ser interrompida pela presença de Zetsu surgindo das sombras.

S/n - Descobriu alguma coisa? -balburdiei com as bochechas esmagadas

Zetsu - São muito discretos. Mas fazem questão de roubar as missões da Akatsuki na cara dura.

S/n - Faz uma semana que estamos parados... Eu não quero ver a sua cara novamente até ter rostos e nomes!

Zetsu - Como quiser... -desaparecendo entre o breu

Voltei a me sufocar entre os panos até pegar no mais profundo sono.

Na manhã seguinte acordei com o Sol nascendo, era bem cedo ainda, creio que não havia ninguém acordado a essa hora.

Me levantei com o rosto todo marcado e massagiei levemente minha pele, para que as marcas saíssem. Levantei e destranquei o escritório saindo ao corredor, me deparando com todas as portas dos quartos abertas.

Já levantaram?

Fui passando em frente uma a uma, as camas estavam arrumadas e não havia sinal de ninguém. Parei em frente a escada e tudo lá embaixo estava no mais completo escuro e silêncio.

Será que eles estavam preparando uma festa surpresa? Essa hora da manhã?

Desci calmamente as escadas e ativei meus olhos negros me preparando para qualquer ataque. Movi meus pés lentamente para a cozinha sem fazer barulho e ascendi o interruptor.

Nada.

Não havia ninguém.

Olhei o resto da casa e era como se todo mundo tivesse desaparecido. Subi correndo até o quarto do Shinki e nem mesmo ele estava lá.

Será que eu ainda estou dormindo? Isso seria um sonho? Peguei um dos livros em sua mesa e o abri, afinal dizem que você não consegue ler quando está sonhando. Mas eu conseguia ler cada frase perfeitamente, eu estava acordada.