Vijfentwintig

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Amsterdam, Holanda, sexta-feira, 06 de novembro de 2020

Rosie

Lewis tinha acabado de mandar uma foto no hotel em São Paulo. Ele viajou uma semana antes da corrida, aparentemente tinha chegado de uma rodada de exercícios com Angela, pois estava sem camisa, suado e na frente do espelho. "Cardio é bom, mas prefiro se for com você", dizia a mensagem que acompanhava a foto.

Rosie até queria ter ido antes para o Brasil, mas tinha tanta coisa para fazer antes disso...

A ida de Lewis para Amsterdam em seu aniversário tinha rendido comentários na internet e muita gente parecia insatisfeita, principalmente os torcedores da Mercedes, como se passar algumas horas longe de Londres, numa semana sem corridas, pudesse afetar o desempenho do piloto e arrancar dele todas as conquistas que já teve.

Rosie estava cansada de ler certas coisas, como se Lewis perder o campeonato fosse culpa dela e não da temporada incrível de Sebastian Vettel, mas não estava nem aí para os comentários ridículos que recebia sobre o namoro, as pessoas gostavam de falar sobre o que não sabem e quanto mais respondessem, pior ficaria, então era melhor ignorar e deixar que falassem o que bem entendessem.

— Você vai babar o telefone inteiro — ouviu a voz de Mia e se virou na direção da amiga. — O que Lewis está aprontando?

— Está no Brasil e fica me mandando fotos sem camisa depois de correr, como se fosse muito justo ficar atiçando a namorada assim — respondeu. — Vou bloqueá-lo até eu viajar e evitar esse tipo de distração na minha vida.

— Lewis foi o único que viajou primeiro? — Mia perguntou e Rosie deu de ombros, mas assentiu.

— Aquele homem é quase mais brasileiro do que os próprios brasileiros. Daqui uns dias ele recebe o título de cidadão — Rosaleen deu uma risada nasalada ao falar. — Nós viajamos quando?

— Seb e Max vão na segunda-feira, eu vou na terça. Você... eu não sei, acho que na quinta.

— Eu sempre fico abandonada, é incrível — Rosie fez drama. — Mas é até melhor, preciso mesmo terminar alguns relatórios e aprovar projetos.

— Estou quase convencida daquele seu discurso sobre ser a única que realmente trabalha na Rennen — Mia implicou. — Quantas horas são lá no Brasil pro Lewis já estar nesse pique todo?

— Eu não faço ideia... agora é meio-dia aqui, então deve ser, sei lá, umas sete da manhã ou algo assim — Rosie deu de ombros ao falar. — Ele chegou ontem a noite, já dormiu e está se adaptando ao fuso.

— Ele é bem esforçado...

— E está achando que tem alguma chance contra o Vettel — Rosie deu uma risada debochada ao falar. — Vamos almoçar?

— Vim te chamar pra isso, inclusive.

— Então, vamos — Rosie falou, bloqueando o computador antes de se levantar da cadeira e pegar a bolsa. — Tô morrendo de fome.

— Confiante pro título?

— Muito! — Rosie sorriu enquanto saíam da sala dela. — Até apostei com Lewis que Seb será campeão e ele tem que ir conhecer meus pais primeiro.

— Vocês têm algum problema com apostas? — Mia perguntou rindo e Rosie deu de ombros.

— Se nós perdermos, eu tenho que conhecer os pais dele primeiro. Meu futuro está nas mãos de Sebastian Vettel.

— Pelo menos está em boas mãos.

— Inclusive, depois do almoço nós precisamos conversar sobre isso — Rosie falou, enquanto as duas caminhavam saindo do prédio da Rennen. — Podemos ser campeões no Brasil, então eu pensei em ter alguma coisa além das camisas comemorando o penta, correlacionando com o número do carro... tenho que ver pelos dados dele nessa temporada sobre algum recorde que pode ter sido adicionado. E o comercial já me apresentou uma proposta de produtos comemorativos, vamos fazer um hotsite e colocar no ar quando ele for campeão. A popularidade dele sempre foi alt-

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