Cap.8: Day 2

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Atlanta - GA

P.O.V Angel 17:03 p.m.

Meu corpo inteiro tremeu com pelo menos 10 disparos vindo daquelas grandes armas de fogo diante de mim. O sangue saltou do meu corpo em forma de espirros a cada bala perfurando a minha carne, causando uma imensa escuridão no meu subconsciente e as forças de meus membros indo desaparecendo.

Aquele era o pensamento que tomava conta do meu psicológico. Ser metralhada por disparos a queima roupa, completamente por aqueles criminosos. Meu Deus.

As lágrimas quentes e salgadas de desespero caíam a cada chute violento que davam na porta da sala do Eddie, até que botaram ela no chão e meu corpo inteiro perdeu as forças.

— Vadia, filha da puta! Tá querendo morrer, porra? — Um cara gritou e fiquei de joelhos sobre o chão, levantando as mãos para cima em completo desespero. Meu Deus. — O que tentou fazer, hein? — Ele segurou forte no meu cabelo por trás e tombou a minha cabeça, me olhando diretamente nos olhos. Aquilo foi pior do que imaginei segundos atrás, aquela tortura psicológica. Aquela máscara era absurdamente tenebrosa. — FALA!

— Tira a porra da mão dela. — O assaltante que me levou pro banheiro empurrou o outro que me intimidava pra bem longe. — Já tá tudo bem. Vamos levá-la de volta pro salão.

— Tudo bem? Essa cachorra quase fodeu com a porra do plano. Mete bala na cabeça dela ou eu meto. — Arregalei os olhos, horrorizada e coloquei as mãos na boca, quando o cara do banheiro partiu pra cima do outro, o enforcando contra a parede.

— Não me faça estourar seus miolos logo aqui, Eric. Eu tô de saco cheio da sua cara desde a primeira vez que te vi. — Uma terceira pessoa que estava ali se aproximou de mim e me tirou da sala. — Se encostar nela novamente, eu juro... — O som da voz foi cortado quando passei da sala. Meu Deus.

— Em qual parte de colaborar com a gente você não entendeu? Tu quase morreu por bobeira. — O assaltante que me rendia falou baixinho e enruguei a testa. — Fica quieta por mais algumas horas e deixa o restante com a gente. Ninguém aqui precisa morrer, mas vocês precisam ajudar.

— Eu tô apavorada. Tô com muito medo, como acha que eu não vou tentar sair daqui pra voltar pra minha família? — Perguntei, chorando e chegamos nas escadas.

— Ninguém precisa morrer. Mas você precisa colaborar porque como viu, nem todos do grupo pensam igualmente. — Engoli em seco e concordei. Calma, Angel. Não surta.

Ele me colocou de volta no chão e ficou me vigiando comer um sanduíche natural com água. Admito que foi bem vindo, depois daquela adrenalina toda meu corpo pareceu esquentar e voltar ao normal.

Quando estava quase acabando os dois assaltantes que estavam no andar de cima desceram e manteram a visão em mim. Merda, será que fiquei marcada?

— Vou repetir mais uma vez. A próxima pessoa que tentar fazer uma graça, morre. — Pelo tom de voz pude perceber que quem falou foi o cara que me salvou...

Que loucura né?

— E enquanto a você... — Ele se aproximou de mim com a arma na mão e suspirei nervosa, olhando diretamente nos olhos dele. — Tenta ficar bem. Ninguém vai se machucar. — Engoli a seco e concordei com a cabeça.

Três dos assaltantes saíram e restou apenas um nos vigiando com uma enorme arma em mãos.

P.O.V Justin Bieber 16:47 p.m.

Aquela doida havia me acertado em cheio contra o rosto e fugiu do banheiro. Fiquei me acabando de dor e mesmo assim corri atrás dela, não a vendo mais por ali. Merda.

Last Chance: Dangerous BackWhere stories live. Discover now