- Eu posso simplesmente pular pela janela - sugeriu Harry, parando no topo das escadas, tentando pensar em um plano. Draco se virou para encará-lo.
- Quê? - disse ele, olhando surpreso para Harry enquanto brincava com o pingente de São Judas. Harry encarou a medalha, os dedos dele no mesmo ponto no próprio pescoço.
- Você não está falando sério - disse Draco. Harry revirou os olhos antes de encará-lo.
- O que vai acontecer, eu morrer?
- Eu acho que o problema maior seria as pessoas verem um corpo caindo da janela.
- Então pensa você em alguma coisa!
- Shh! - Ele parou para escutar, mas as conversas seguiam inalteradas lá embaixo. - Embora seja tentador jogar você pela janela... - Harry abriu a boca, mas Draco o cortou. - Eu acho que nossa melhor chance é você sair pela porta.
- Você acabou de dizer que ninguém pode me ver...
- Isso, então vamos precisar ser discretos. - Draco suspirou na tentativa de se acalmar. - Eu vou até a cozinha distrair elas e você sai de fininho, ok? - Harry parecia hesitante, mas assentiu.
- Fique por perto - disse Draco enquanto descia lentamente as escadas. Um arrepio percorreu seu corpo, como dedos gelados em sua coluna. A voz de Harry ecoou em seu ouvido, um ar frio contra seu pescoço:
- Você é quem manda, patrón. - Talvez isso fosse perto demais.
Eles desceram a escada e Harry se apertou contra a parede perto da entrada da cozinha. Draco olhou para ele antes de entrar no cômodo.
- Oi, Lita - cumprimentou ele, e foi recebido por uma cacofonia de ois.
Todos os olhos se viraram para Draco, e ele se encolheu com a atenção repentina. Lita o puxou para a frente e Draco foi para o outro lado do cômodo, se colocando em um ângulo que forçasse Lita e as outras bruxas a ficarem de costas para a sala de estar.
- Você está com fome? - perguntou Lita. - Estamos fazendo tamales! - As bruxas estavam alinhadas na bancada, formando uma linha de produção de tamales. Uma delas espalhava a massa na palha de milho, a próxima colocava o recheio, a terceira fechava o bolinho e passava para Lita, que os colocava em uma panela grande para ser cozido.
- Hã... - hesitou Draco. Harry o olhou do canto da parede, esperando por suas instruções. Ele precisava ganhar a atenção delas. Sabia o que fazer para isso.
- Guarda um para mim? Não estou com fome. - Todas as quatro mulheres olharam para ele. - Não estou me sentindo muito bem.
O cômodo irrompeu em um falatório desordenado enquanto todas elas se juntavam ao redor de Draco. Enquanto lhe perguntavam o que estava sentindo, todas tocando suas bochechas e verificando a temperatura na testa, Draco tentava não se contorcer.
- Eu tenho vivaporú na minha bolsa!
- Eu vou fazer um chazinho de camomila! - Ele deu um aceno sutil de cabeça e Harry foi até a porta.
- Tira a camisa - ordenou Lita. - Eu vou pegar um ovo! - Ela fez menção de ir até a geladeira, mas Harry só estava na metade do caminho, bem à vista.
- Não! - gritou Draco, e todos pularam, incluindo Harry. Lita agarrou seu rosário e encarou Draco.
- Não? - repetiu ela, visivelmente ofendida.
- Eu... eu estou bem, sério. - Pegando a deixa, Harry correu até a porta e saiu. Uma onda gelada de alívio tomou Draco.
- Mas... - Lita começou a argumentar.
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the cemetery boys - Drarry
FantasyEle estava sem saída, Draco concorda em ajudar Harry e, em contrapartida, ser apoiado na busca pelo espírito de seu primo recém-assasinado. Assim, ambos sairão ganhando. Ou é o que ele espera. No entanto, quanto mais tempo Draco passa ao lado de Ha...