- Eu trouxe comida! - ele diz animado.

- Enfia no seu cu.

Eu estava morta de fome, eu choraria por aquela comida. Mas eu não podia abaixar a guarda.

- Uau, como você é delicada, garotinha - eu odiava a forma que ele me chamava. - Come ou não come, você escolhe - o mais velho se abaixa colocando a bandeja no chão.

- Oque tem aí? - o olho seria.

- Sal e pimenta - ele solta uma risadinha mas logo para quando vê que eu não estava sorrindo - Você já está aqui comigo, porque eu iria te drogar?

- Eu não disse que ia... - nos encaramos em silêncio por um segundo.

Ele observa a o grampo da rosa na minha minha mão e me encara.

- Onde achou isso?

- Eu sai pra comprar - respondo irônica e ele me encara fazendo "não" com a cabeça.

Olhei para o prato sobre a bandeja. Ali tinha ovos mexidos, uma garrafa de vidro de refrigerante de limão e ao lado disso tudo. Um pequeno prato com dois cookies e um copo de leite.

Como se estivesse hipnotizada, engatinho até o prato que estava próximo da cama. Quando estiquei meu braço para poder pegar a bandeja, o homem a puxa em sua direção com o pé. Me impedindo de tocar nela.

- Ainda não. - ele sorri. a mascara da vez era diferente, só cobria a parte dos seus olhos. - Você pode comer, mas só se você sorrir.

Ele anda até mim e se agacha ficando na minha altura pois estava sentada na cama. Rapidamente ele segura meu queixo com força fazendo eu me assustar e segurar seu pulso com uma das minhas mãos.
O homem me olha no fundo dos meus olhos, como se estivesse sugando a minha alma.

- Vamos, garotinha. Dá um sorriso pra mim. - ele sorri no final da frase, revelando seus dentes podres e amarelados.

Meu sangue fervia, eu poderia avançar nele e morder a sua cara feia ali mesmo. Quem sabe assim ele ficaria "bonito" mas ficar tanto tempo sem comer me deixou fraca. E eu preciso de formas pra acabar com ele.

Abri um sorriso mais falso possível para ele. Ele ri e solta meu rosto sem delicadeza. O maior observa minhas mãos e percebe que estavam machucadas. O sangue seco ficou escuro e criou casquinha envolta das unhas comidas.

- Sua mão - quando ele tenta pegar a minha mão eu deposito um tapa em seu rosto.

- NÃO TOCA EM MIM, SEU VELHO NOJENTO! - eu cuspo em seu rosto o fazendo chegar os olhos com raiva e rápida ele segura meu pulso direito com muita força me fazendo gritar de dor.

- Faz isso de novo eu te mato igual eu matei os outros! - ele diz com raiva.

Levanto minha mão livre e o dou outro tapa, dessa vez sua máscara quase caiu. Ele vira a cabeça em minha direção e me encara.

- Tenta. - digo calmamente o olhando no fundo dos olhos.

- É melhor você comer - ele diz me olhando e eu puxo meu pulso de sua mão e me arrasto para longe dele na cama.

Ele se levanta e sai do local trancando a porta em seguida. Assim que ouvi o som da tranca eu fui rapidamente até a bandeja. Eu nem percebi que não tinha talher, apenas me agarrei ao prato com ovos mexidos e enfiei grandes quantidades na minha boca. Não tinha gosto, a gema do ovo estava meio crua e não tinha muito sal. Só psicopatas gostam de ovo com a gema mole.

Enquanto comia eu agradecia em todas a línguas possíveis por estar comendo pela primeira vez depois de tanto tempo.

— 𝗥𝗢𝗕𝗜𝗡 𝗔𝗥𝗘𝗟𝗟𝗔𝗡𝗢

𝐈'𝐌 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆 | Robin ArellanoWhere stories live. Discover now