𝐈'𝐌 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆 | Robin Arellano

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— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

𝗢 𝗗𝗘𝗦𝗣𝗘𝗥𝗧𝗔𝗗𝗢𝗥 𝗧𝗢𝗖𝗔 indicando que mais um dia de aula seria iniciado, por sorte a semana estava acabando, e então quando chegasse a sexta feira eu finalmente poderia descansar.

Dessa vez eu não estava atrasada, então desci as escadas normalmente para poder fazer o café da manhã. Antes que pudesse entrar na cozinha, vi que tinha alguns papéis e envelopes espalhados pela mesa.
Olhei ao redor para ver se meu pai estava na sala dormindo como sempre, mas para a minha surpresa ele não estava. Oque era muito estranho.

Me aproximei da mesa e logo percebi que eram arquivos da polícia de Denver. Era sobre os garotos desaparecidos. Olhei envolta para ver se alguém estava vindo, mas não tinha ninguém. Peguei um dos envelopes abertos e comecei a ler, era as fichas dos desaparecidos. O primeiro a sumir foi Vance Hopper, em duas semanas Billy Showalter desapareceu, depois veio o Bruce. E para a minha surpresa, ali estava a ficha de Griffin Stagg.

Eu senti um frio na barriga quando vi a foto dele naquela ficha, e logo abaixo dela estava o cartaz de desaparecido do garoto. Imediatamente o sentimento de culpa percorre pelo meu corpo, alí dizia que ele foi visto pela última vez no parquinho.

Eu tinha previsto isso, eu vi ele, porque eu não o alertei? Porque eu não o ajudei?

- Porra - falei baixo.

Procurei desesperada por mais informações. Em um papel dizia que uma lata com a substância "Cetamina" foi encontrado no local do desaparecimento. Cetamina é uma substância que geralmente é usada em analgésicos e antidepressivos, eu sei disso porque eu tomava. E porque minha matéria favorita era química.

Geralmente essa substância causava transe, sedação e perda de memória. Aonde caralhos alguém acharia uma lata disso?
Rapidamente peguei a ficha dos outros meninos, e coincidentemente lá também tinha registros dessas latas. Eu procurava rapidamente por mais informações quando sinto uma presença atrás de mim.

- Stella? -uma voz grossa é dita atrás de mim e eu senti minhas pernas fracas por um instante. Olhei para atrás e dei de cara com meu pai.

Ele não estava bêbado dessa vez, mas isso não quer dizer que ele não me bateria ali mesmo.

- Oque está fazendo com isso? - ele toma os papéis da minha mão.

- Desculpa, eu só estava arrumando. Você deixou tudo jogado aí.

- Não mexa mais aqui - ele reclama enquanto arrumava a papelada - Eu vou trabalhar até tarde hoje, vá para cama cedo, okay?

Apenas concordo com a cabeça. Ele vem até mim e deposita um beijo na minha testa. O observei subir as escadas. Porque ele só era bom quando não está bêbado?

(...)