• 01

7.5K 524 589
                                    

𝗡𝗢𝗥𝗧𝗛 𝗗𝗘𝗡𝗩𝗘𝗥, 1978

𝗧𝗢𝗗𝗢 𝗠𝗨𝗡𝗗𝗢 𝗚𝗥𝗜𝗧𝗔𝗩𝗔 em torcida aos times de basebol que estavam jogando no campo

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

𝗧𝗢𝗗𝗢 𝗠𝗨𝗡𝗗𝗢 𝗚𝗥𝗜𝗧𝗔𝗩𝗔 em torcida aos times de basebol que estavam jogando no campo. Front Range contra Optometrist. Nesses dois times tinha uns garotos que estudavam comigo no colégio North Denver. Finney Blake e Bruce Yamada. Eu nunca falei com nenhum dos dois. 

Eu não gostava de lugares cheios e de barulho, na verdade, eu não gostava nem de sair de casa. O único motivo de estar
aqui, sentada, fingindo estar prestando atenção no jogo, em uma arquibancada cheia de gente gritando é por conta da minha irmã mais nova, Fanny.

A garota nem se quer entende de beisebol, ela só estava aqui porque tem uma enorme queda pelo Finney Blake. Mas sinceramente, ele é tão tímido que nem fala com ela. E suspeito que ele goste da melhor amiga da minha irmã, a Donna.

- Vai Finny! - vejo Fanny gritar em torcida ao loiro.

Ela estava em pé com Donna e mais algumas de suas amigas perto da grade. Fanny sempre foi o contrário de mim, ela era a irmã bonita, comunicativa, delicada, engraçada e vaidosa. Ela era tudo que eu poderia ser mas não fazia a mínima questão. Por isso não a invejo, porque eu a amo muito.

Revirei meus olhos prestando atenção no jogo. O Blake faz uma jogada tão forte e Bruce nem se quer conseguiu segurar a bola. Cruzei meus braços observando os dois garotos.

Quando o tempo estava acabando, Bruce consegue bater na bola com seu taco e sai correndo. Finney até tenta alcançar a bola, mas sem sucesso. E assim se encerra a partida com o time do Yamada ganhando.
Todos começaram a sair das arquibancadas para ir embora, e eu não fiz diferente.

Finney me encara de longe, quando ele percebeu que eu o encarava seria ele desvia o olhar. Acho que ele tinha medo de mim.

Antes de sair do local fui até Fanny e seu grupo de amigas.

- Estou indo pra casa, você vem? - perguntei a olhando.

- As meninas vão na sorveteria aqui perto, posso ir? - ela pergunta com olhos de cachorrinho pidão - Por favor,eu nunca te pedi nada

Arqueei minha sobrancelha a olhando. Parece que ela esqueceu que encheu meu saco a semana inteira me pedindo para assistir o jogo.

- Tá, mas chegue em casa antes das 18:00, ok? Você sabe como é o papai

Nosso pai era policial de Denver (oque não significava muita coisa porque a segurança daqui era um lixo) e um alcoólatra. A combinação perfeita, não acha?

- Você deixa!? - ela sorri - Obrigada, Star - ela me abraça animada. - te amo, te amo, te amo.

- Tá, tá, agora vai. E cuidado.

A garota loira sai correndo até suas amigas.

Tirei meus fones de ouvido do bolso da minha jaqueta verde e os coloquei. A música era a única coisa que fazia eu fugir um pouco da minha realidade.

𝐈'𝐌 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆 | Robin ArellanoWhere stories live. Discover now