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Se passou quatro dias, tempo suficiente pra encerrarem os exames, a polícia nem se deu trabalho de investigar

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Se passou quatro dias, tempo suficiente pra encerrarem os exames, a polícia nem se deu trabalho de investigar.

Hoje seria o enterro, eu e Filipe iríamos andar pela cidade, mas eu não apareceria pra despedida daquele verme, nem morta.

  Minha mãe, Maju e Caio já tinham saído, e nós estávamos no caminho para ir a liberdade.

- O que acha de comprar um monte de pokémon pro Thethéo? - Perguntei e ele me olhou rápido e torceu a boca.

- Anna, sei que a gente nunca conversou sobre isso, mas acho que agora é a hora certa, já que estamos casados e ce vai viver muito com ele - Ele começou a falar e eu o encarei confusa - Eu sempre ensinei o Théo sobre dinheiro, evito ao máximo mimar e dar presentes desnecessários. Então todo mês eu dou uma mesada, e dou um pouco a mais quando ajuda nas tarefas de casa e tals - ele me olhou de volta e eu assenti, comprimindo os lábios - e com esse dinheiro ele compra alguma coisa que queira muito, ou guarda.

  - Você é a primeira pessoa que eu vejo que dá educação financeira pro filho - bati Palmas e ele sorriu e bateu com a mão fechada no peito, em sinal de orgulho - Fico feliz que me contou isso antes de eu estragar o menino - falei rindo e ele negou, estacionando o carro numa garagem paga.

- Eu só não quero que ele cresça mimado, gosto de saber que ele pode aprender a ter responsabilidade com dinheiro logo cedo - saímos do carro e fomos andando na rua paralela até chegar na principal da liberdade.

- Você é o melhor pai que eu conheço - Elogiei e ele enganchou nossos braços, fazendo a gente andar coladinhos.

- Na real eu só não quero que meus filhos sejam playboy, não é porque eu tenho dinheiro que eles tem que sair gastando que nem doidos.

Olhei pra cara ele e dei um sorriso maroto.

- Seus filhos huh? - falei em um tom de malícia e ele riu de lado e me apertou mais contra seu corpo.

- Lógico gatinha, logo mais eu meto uma mini estrellinha no seu bucho - falou baixo no meu ouvido e eu coloquei a mão na boca, escondendo a minha reação chocada.

- MEU DEUS FILIPE KKKK- gritei rindo e ele me puxou para dentro de uma loja de produtos importados.

- É sério Anna, pô, continua rindo que daqui a pouco tu vai parar pelada na minha cama e depois de umas semanas o teste vem positivo - falou com a cara fechada e cruzou os braços enquanto eu olhava pra ele sorrindo e negando devagar.

  Olhei pro lado e vi que algumas pessoas prestavam atenção na nossa conversa, me virei pro mais velho novamente e gesticulei com as mãos.

- Cê é safado demais - soltei e andei por dentro da loja, pegando algumas coisas com a embalagem bonita e colocando na cestinha que ele carregava.

Depois que pagamos, fomos em um pequeno restaurante japonês e dividimos um yakisoba de carne.

Saímos pela rua comendo mochi e rindo de alguns adolescentes que passavam por lá - Uma em específico de cabelo metade loiro e preto e que tomava um corote azul em plena 13hrs com o sol pocando.

- Vish amor, olha aquele menino ali de sobretudo do naruto e cabelo espichado de chapinha - Filipe apontou pro menino e mordeu o seu doce, olhei na direção e ri alto, mas ri tanto que o meu mochi caiu no chão - magina o fedô de cece que deve tá ali em baixo - Ele ainda teve a audácia de dizer isso.

Agarrei no seu braço e esperei a risada passar, e segurei na minha costela quebrada, que doía quando eu ria muito.

- Cara, ce é muito filho da puta namoral - falei secando as lágrimas que havia escorrido e ele riu de lado - Para de rir porra, ce tem orgulho de ser bobo? - bati no seu peito de leve e entrei numa loja que tinha roupas estilo aquelas da shein.

Escolhi algumas e entrei no provador pra experimentar, enquanto vestia, escutei Filipe falar com alguém no telefone.

Enquanto eu rebolava no espelho pra ver se o vestido iria subir, ele abriu a cortina e entregou o celular na minha mão dizendo que era a maju.

Ele sentou em um banquinho que havia lá dentro e ficou me encarando.

- Oi Maju, tá tudo bem? - perguntei e dei uma rodada pro Filipe ver o vestido,  que passou a língua nos lábios e fez um movimento com a mão como se tivesse batendo na minha bunda.

- Anna, vocês vieram pro enterro? - Ela perguntou e eu parei, cerrei os olhos e encarei Filipe, que me olhava confuso.

- Maju, já falei que não ia nem pisar aí perto - repeti o que disse hoje de manhã e ela respirou fundo.

- Onde vocês estão?

- A gente tá aqui na Liberdade - Coloquei o celular do Filipe no auto falante e entrei o celular pra ele.

Tirei o vestido e fui colocando outro, daqueles bem camponesa.

- Anna, tem uma moça aqui que é igualzinha você, o tio Laércio foi ate conversar com ela, mas parece que ela foi grossa e ele veio reclamar pra mamãe que você é sem educação - Filipe me encarou e eu arregalei os olhos, não intendendo nada.

- Maju, a gente tá indo pra aí - falei - Mas não vou nem chegar perto daquele bosta não, eu só quero saber da fofoca completa.

Ela concordou e desligou o celular, tirei o vestido correndo e vesti minha roupa, peguei todas as roupas que havia levado pro provador e paguei.

Pegamos as sacolas e saímos correndo pela avenida, até chegar no estacionamento, Filipe pagou e meteu marcha pro cemitério.

O mesmo que fui sequestrada.

  - A Maria Júlia só pode tá alucinado - falei e Filipe me olhou.

- Anna, pro seu tio ter confundido, deve parecer mesmo.

-Dirige mais rápido que eu quero ver isso logo - apressei ele, que acelerou.

Assim que chegamos, meu marido estacionou o carro e entramos no cemitério, fomos até o local que estava o sepultamento e ficamos olhando de trás de uma árvore.

Encarei um por um e não vi ninguém, até que Filipe me cutuca.

- Será que é aquela ali? - Apontou pra uma moça toda de preto, debruçada sobre o caixão fechado e com uma menininha grudada nas suas pernas.

- Só pode ser...- fiquei encarando aquela moça por um bom tempo, até um homem falou algo pra ela, que se levantou e ficou ao lado do caixão, enquanto enquanto ele descia.

Olhei para a cara dela, com o queixo caido no chão.

- Meu deus Anna, ela é parecida demais cum tu - ele falou e eu concordei, ainda calada, tentando intender o que estava acontecendo.

- Meu deus Anna, ela é parecida demais cum tu - ele falou e eu concordei, ainda calada, tentando intender o que estava acontecendo

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  Alguém com teorias? Quem acertar vai ganhar uma dedicatória no próximo capítulo.

Hoje eu entrei no trabalho depois do almoço e aproveitei pra fazer entrevista pra outro emprego kkkkkk o auge da cara de pau

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