Ele chegou me conquistando aos poucos, dando oportunidades que nunca imaginei que teria. Virou minha vida de cabeça pra baixo.
Não me arrependo de ter largado tudo e ido com ele - logo ele - meu herói, meu melhor amigo, meu homem.
"A minha famíli...
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Não tinha ideia de quantos dias havia se passado, mas o tempo corria e eu só me perguntava se tinha alguém me procurando.
A situação estava crítica, não me davam comida e nem água, eu estava fazendo as necessidades em um cantinho daquele quartinho imundo.
Eu estava completamente sem forças, ainda mais com as sessões de maus tratos quando aqueles nojentos chegavam.
A tal da Luana não estava muito diferente, a coitada acordava e não passava muito tempo sã e já desmaiava de novo. Não era tempo o suficiente para conseguir conversar com ela.
Cansada daquela situação humilhante, arrumei forças do além e me levantei.
Andei até a porta e forcei, estava trancada.
A porta velha de madeira estava meio comida por cupim, juntei forças na perna e chutei forte a porta.
Usei todo o aprendizado que Beto havia me passado sobre focar o peso na perna pra fazer os exercícios.
Com toda a força e raiva, depois de uns dez chutes fortes, a porta quebrou e caiu no chão.
Respirei aliviada e voltei para onde a menina estava jogada.
- Luana? Acorda pelo amor de deus - chamei enquanto balançava seu corpo molenga.
- Me deixa em paz pelo amor de deuss... - falou arrastada e eu apertei sua mão.
- Luana por favor me escuta, eu sou cunhada do Veigh, eu tô presa junto com você, eu consegui arrombar a porta - balancei ela novamente - Sei que você tá cansada mas a gente precisa fugir antes que eles nos matem.
Choraminguei e ela forçou seus braços no chão e levantou o torço, peguei um blusão preto que usava por cima da roupa no dia do enterro e cobri seu corpo nú, ajudei ela a levantar e passei seu braço pelo meu ombro enquanto a segurava pela cintura.
Saímos da pequena casinha e decidi seguir a trilha, mas por dentro da mata, seria perigoso demais seguir por ali.
Andamos por uns quinze minutos - dando pequenas pausas para respirar fundo - e encontramos uma pequena nascente com água limpa e uma ponte de concreto, larga o suficiente para passar um carro.
Bebemos bastante água e passamos por dentro do pequeno rio, ainda com medo de topar com eles.
Andamos mais um pouco e o céu foi escurecendo, e resolvemos voltar para o rio e passar a noite de baixo da ponte. Como o rio era bem raso, não faria mal ficar por ali.
Aproveitando que tava calor, tirei minhas roupas e pendurei em uma viga de ferro que estruturava a ponte e tomei banho naquela água. Ajudei Luana a beber mais água e tomar um banho também e pegamos umas folhas de uma banananeira que havia próximo e forramos o chão pra sentar, nos encostamos na parede e dormimos.
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15 estrelinhas e eu libero o próximo
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