Ele chegou me conquistando aos poucos, dando oportunidades que nunca imaginei que teria. Virou minha vida de cabeça pra baixo.
Não me arrependo de ter largado tudo e ido com ele - logo ele - meu herói, meu melhor amigo, meu homem.
"A minha famíli...
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Quando voltei a consciência, percebi que ainda estava com o saco na cabeça, meus braços e pernas estavam presos e minha cabeça doia demais.
- ALGUÉM POR FAVOR ME AJUDA! - Gritei e não escutei nada em volta - SOCORRO! - Berrei com toda a força que tinha na garganta e batia os pés no chão, fazendo máximo de barulho possível.
Fiquei um pouco em silêncio e escutei alguns barulhos de galhos quebrados e uma porta abrindo.
- Me ajuda por favor - implorei enquanto escutava fortes pisadas, pelo saco na minha cabeça, conseguia ver a sombra da pessoa na minha frente.
Senti o saco ser agarrado pelo topo e puxado com força, levando o meu rabo de cavalo junto.
Gemi com a dor e apertei forte meus olhos, abri e tinha um homem em pé na minha frente.
- Anna Estrella? - ele perguntou e já tive percebi que aquilo não era uma ajuda, assenti devagar e ele soltou um riso frouxo e colocou a mão no queixo - Tu é gata demais em, é de deixar o papai louco das ideia - passou a língua nos lábios e eu virei o rosto enjoada.
Aquele elogio não tinha o mesmo efeito que tem na boca do Filipe.
Como eu queria estar deitada no colo do meu marrento, meu Deus, nesse momento eu só queria isso.
Respirei fundo e criei coragem pra falar algo.
- Diz logo o que você quer pra me libertar - falei e abaixei a cabeça.
- Ah não, isso não é nada comigo, eu só fui pago pra te trazer, o resto é com outras pessoas - ele cruzou os braços e eu engoli o bolo que estava preso na minha garganta.
- M-me diz quanto que te pagaram que te dou o dobro, até o triplo se quiser, mas por favor me tira daqui - falei engasgada e ele riu.
- Foi mal gatinha, não é por dinheiro, é por irmandade, se tu ir embora daqui eu vou morrer - explicou e eu assenti, ainda sem coragem de olhar pra ele.
Ele andou até a porta e quando ia sair, parou e olhou para mim.
- Vou ficar lá fora esperando meu chefe, enquanto isso, pode conversar com a sua amiga aí atrás do'cê - Ele saiu e fechou a porta.
Arregalei os olhos e suspirei fundo umas cinco vezes, com medo de olhar pra trás.
Em um momento de coragem, virei meu rosto e vi uma menina desmaiada no chão, pelada e toda ensanguentada.
Dava pra ver que ainda estava viva, seu peito subia rápido, em uma daquelas respirações que a gente tem quando tá com muita dor.
Meu pescoço doeu de ficar olhando ela e voltei a encarar a porta.
Minha cabeça pulsava pela pancada e pelo puxão de cabelo, eu respirava fundo e tentava manter a calma.
Um barulho de carro estacionando chamou minha atenção, escutei algumas vozes masculinas e logo após a porta abriu.
Um homem de cabelo rosa entrou e atrás um homem que pensei que nunca mais veria na frente.
José Augusto, o cara que costumava a chamar de pai.
Ele parecia bem mais velho, magro e com o cabelo e a barba grande e grisalhos, não parecia a pessoa que tanto idolatrava na infância.
Os dois me encarava e eu não sabia ter nenhuma reação.
- Prazer em conhecer a famosa cunhadinha do Veigh- o moço que ainda não sei o nome falou e eu franzi as sombrancelhas.
- Moço, você pegou a pessoa errada, nem conheço nenhum Veigh- falei e meu pai e o cara riu.
⚠️
- NÃO MENTE PRA MIM, SUA VADIA - o homem me deu um soco no rosto e puxou meu cabelo com força, me fazendo levantar o rosto e encarar uma foto, tirada no dia que conheci os pais do Felipe, nessa foto estava eu e Filipe, sentados um do lado do outro e Thiago na nossa frente. Era uma foto tirada de longe, como se alguém estivesse nos espionando.
Meu pai apontou pro Thiago.
- Você conhece o Veigh, não é burra nem um pouco, pulou logo no colo do ricaço. Mas não contava com as surpresas que viria junto né? - Meu pai debochou e eu neguei sentindo meu rosto arder - agora vai sofrer as consequências por ter entrado nessa família, aquela ali já teve o que foi dela.
Apontou para a loira atrás de mim, me virei novamente e reparei na moça loira jogada no chão, parecia estar ali a muito tempo.
Será que era a mãe do Théo? Sei que ela é loira e que morreu quando o menino nasceu, mas e se for mentira? E se algo aconteceu com ela e disseram aquilo pra acobertar algo?
Com o corpo tremendo, me virei para frente novamente e olhei pra eles com os olhos marejados.
- Qual o nome dela? - perguntei com medo da resposta.
- Essa é a Luana, é namoradinha do Veigh, não precisa se preocupar, logo mais ela morre - o homem falou e eu tremi.
Fiquei aliviada por não ser a mãe de Théo, mas fiquei com dó da moça. Não tem nem como ajudar ela meu deus.
- ME SOLTAAA, EU QUERO IR EMBORAAA - Gritei e me debati na cadeira, fazendo ela pular.
Meu pai me deu um soco forte no rosto e eu cai pra trás, ele me soltou da cadeira e voltou a me bater até perder a consciência.
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15 estrelinhas e eu libero o próximo
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