Se mesmo depois de adultas muitas vezes não temos certeza se tomamos uma decisão correta, com 12 anos muito menos.
Será que eu me arrependeria? Na semana seguinte, eu descobriria que não.
Estava em minha mesa fazendo a atividade que a professora havia passado em aula, quando duas colegas com as quais eu não tinha a menor intimidade pararam uma de cada lado da minha mesa. Uma delas ficou brincando com a minha borracha enquanto as duas conversavam:
– Como está com o Dadá? - uma perguntou para outra
– Estamos ótimos - foi a resposta
Duas colegas do fundão, que nunca falavam com a nerdola da primeira fila - que à época se chamava de "cdf" ou "cê-dê-éfe", abreviação para "cu de ferro", mas não me perguntem de onde vem essa expressão.
Vocês já podem imaginar quem era o Dadá. Pelo visto, todo mundo sabia que eu gostava dele. Ali eu aprendi outra lição de vida: algumas pessoas são más e têm prazer em chutar cachorro morto.
Eles namoraram por algum tempo, mas não lembro quantas semanas. Quanto durou não era importante, mas sim quando começou. Na semana seguinte. Portanto, eu estava certa. Sabia que tinha tomado a melhor decisão.
Arrependimento zero.
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O menino da van
RomanceVictória, aos 12 anos, vivencia pela primeira vez as sensações provocadas pela paixão quando conhece Davi. O doce e o amargo. As alegrias e as tristezas. Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece. Quais serão as lembranças que ela guardará del...
