Capítulo 16

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Encarou o teto, quando abriu seus olhos, sentou-se tentando lembrar o que tinha acontecido. Virou seu rosto para o lado encontrando Choso dormindo grudado em seu corpo. Sorriu afagando os cabelos do garotinho (ela não teve o prazer de fazer isso antes), que dormia tranquilamente. Ouviu o barulho da porta, seus olhos foram para o alfa que ficou parado alguns segundos parado incrédulo. Apenas para seguir até a maca, deixando um beijo em sua testa, sentou-se segurando a pequena mão entre a sua.

A omega tentava decifrar o semblante do seu alfa, o mesmo massageava sua mão com seu polegar. Uma lembrança antiga passou por sua mente, conteve a vontade de chorar.

Tocou seu cabelo sem pensar. — O que houve, querido? — Ele levantou seu rosto, encarando sóbrio e sério.

Sukuna ficou em silêncio, sua mente borbulhava com pensamentos barulhentos.― Você sabia que estava grávida de gêmeos, S/n? ― Perguntou, olhando para ela, esperando uma reação surpresa, que não veio. No fundo, ele sabia a resposta.

Ela saiu da maca com cuidado, para não acordar o filhote que dormia profundamente. — Não sei do que está falando, Sukuna! — Tentou passar por ele, mas segurou seu pulso a fazendo virar para trás para o fitar sem expressão. — Me solta! O que você quer? — Puxou seu braço com força, mas, a maldição não se moveu e não soltou ela, impassível. Aqueles mesmo sentimentos, que sempre rodeiam ele.

O alfa apertou o pulso da mesma que começava a doer. — Sabia, não sabia? — Deu um sorriso amargo e irônico para a omega. — Quem é você de verdade? Por que de repente me ofereceram você?

Ela ficou em silêncio estudando com cuidado o rosto do alfa a sua frente. Seu coração batia forte contra seu peito, aquela leve dor que a angustiava toda vez que olhava para Sukuna estava presente novamente. Queria chorar e ajoelhar em seus pés e pedir perdão. Contudo seu pecado, a dor e desespero corriam em suas veias, ainda não era hora de ninguém saber a verdade mesmo que Astaroth estivesse voltando mais uma vez para o mundo que conheciam.

S/n suspirou voltando ao seu estado original. — Por que era conveniente, não acha? — Sua alma quebrou usando o mesmo tom amargo e frio que seu marido. Ele a puxou contra seu corpo, S/n respirou fundo adorava aquele cheiro denso e sombrio que ele exalava, contudo, no momento tudo que ela queria era estar o mais longe possível dele. — Você nem se importa, Sukuna! — "Você, nunca saberá a verdade!" — Pensou.

Aqueles olhos carmesim a fitaram com um brilho gélido, sua mente banhou-se com uma lembrança que chutou para o fundo das suas memórias.

— Eu me importo, em algum fragmento do meu coração. — Afrouxou o seu aperto, a omega aproveitou para fingir que estava passando mal outra vez, antes de seu corpo cair no chão Sukuna a segurou com um pavor em seu rosto, que foi substituído rapidamente por uma indiferença típica. O alfa a pegou no colo, a colocando na maca outra vez, ele apertou o rosto da mulher com certa força a fazendo encarar. — Você é minha S/n, pode fazer o que quiser, e ainda assim eu vou te arrastar até o inferno e te possuir. — Um sorriso macabro pintou o belo rosto da maldição.

Sentiu seu corpo reagir a fala do alfa. — Vão não me conheci, Sukuna. — O tom baixo de sua fala, a fez encarar o alfa sentido o seus feromônios a oprimindo. — Mesmo que eu te ame muito, ainda assim posso te matar!

Ele riu ruidosamente, só podia ser ferido por uma coisa no mundo e duvidava que sua esposa tivesse aquilo. Ou soubesse de algo. — O que você sabe.... — A porta foi aberta abruptamente, viraram para um Kenjaku, que entrava sorridente, trazendo consigo sua meia irmã Luiza, acorrentada como uma escrava.

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⏰ Last updated: May 01 ⏰

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Cidade dos Malditos - Imagine Ryomen SukunaWhere stories live. Discover now