Capítulo 06

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S/n andava pelo jardim, o dia estava sombrio e nublado como de costume em Narak. Olhou para alguns alfas trabalhando para encher as mercadorias que Sukuna vendia (drogas, contrabando entre outros que ela não queria saber). A mansão era gigantesca, mesmo assim bastante bem cuidada, os seus servos pareciam ter somente coisas boas para falar de Ryomen. E de alguma forma a aceitação do alfa sobre ela, levou honrarias para ela entre os criados, todos a tratavam com respeito e carinho sempre se preocupando com o seu bem-estar. Era estranho receber amor de pessoas, já que em sua longa vida, só sentiu carinho de outro alfa e em outro lugar e em outro momento da vida. Voltou para a realidade quando um vento frio a beijou, balançando seus cabelos.

Passou a mão na marca real, lembrando da noite intensa. Andou errante pelo caminho de pedrinhas cinzas, sentido uma agitação em seu peito. O caminho parou na frente de um portão velho e antigo que levava as ruínas da primeira casa Ryomen. O vento zumbia entre a vegetação seca e estranha, seus olhos fitaram o lugar cheio de entulho. Era bizarro olhar um sentimento de melancolia a abraçou, quando seus dedos apertaram no ferro velho, empurrando para o portão seguindo para o outro lado da cerca.

Seus pés sabiam o caminho pelo mato alto, e entulho. Olhou para a velha construção, que agora era dominada por ervas venenosas e trepadeiras. Boa parte da mansão caiu, como se algo estivesse derrubado com muita força. Ela olhou para uma placa enferrujada em uma pedra de entrada, andou sem pressa até lá, agachou-se passando seus pés tirando as plantas que cobriam. Estava escrito em um dialeto antigo; Runas, contudo S/n conseguia ler sem problemas.

"Ryomem Astaroth" — Era sempre a mesma sensação aterradora e furiosa que a visitava como um fantasma. Balançou sua mente, seguindo para frente empurrando as portas de madeira, que gemeram dolorosamente. Tudo estava coberto de teia de aranhas e poeira, tinha tanta bagunça, quando se deu conta do piso escuro, aproximou da escada vendo um grande quarto caído trincado no chão. Passou a mão e um retrato em família, havia duas crianças e dois adultos. A mulher era tão bela em sua pele pétrea como uma beleza cósmica, divina e o homem parecia uma versão sombria e velha de Sukuna. E estranhamente a criança lembrava seu marido.

Ouviu barulhos de pessoas se aproximando, correu para se esconder no mais fundo da escada. As sombras na entrada ficaram menores, até dois homens com curiosas vestes brancas atravessarem as portas velhas e corroídas pelas traças. Ela os via pelos buracos na escada decadente. Os desafortunados visitantes lembravam padres guerreiros, um deles puxou um celular quando uma ligação tocou ecoando no ar.

— Chegamos em Narak, grande mestre! — Virou para companheiro, deixando a ligação em viva voz.

A voz rouca do outro lado da linha parecia conhecida. — É verdade os rumores sobre o Ryomen Sukuna? — Respirou fundo o homem, que segurava o aparelho.

— Mestre, ao que parece o impuro casou-se! — S/n olhava interessada, sabia que os impuros chamados pela igreja eram os corrompidos, estava curiosa sobre isso.

— Senhor olhamos toda as ruínas dos Ryomen, e infelizmente não entramos o diário de Astaroth, e nada sobre Salomé! — S/n escutou o último nome, sentido uma sensação estranha no corpo.

Eles desligaram a chamada. — Vamos embora! — Os homens saíram. Não pareciam ser de algum clã ou tribo de lobos. Era humano puro, o que fez a ômega estremecer. Os humanos raptavam ômegas e betas para venderem no mercado negro como escravos sexuais, junto com outras espécies.

Cidade dos Malditos - Imagine Ryomen SukunaWhere stories live. Discover now