Capítulo 14

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A voz baixa sussurrava uma música enquanto caminhava pelo corredor do subsolo, onde estava o laboratório de Kenjaku, ele sorria empurrando um carrinho cheio de comidas que havia ordenado aos seus empregados, andava tranquilamente passando pelas salas de pesquisa animado. Seu jaleco branco balançava e alguns dos seus instrumentos médicos estavam em seu bolso ou pescoço. Parou na frente da porta de ferro, aproximou-se olhando pela janela de vidro da mesma, observando Luiza deitada na maca, com um de seus pés amarrados na estrutura de metal grossa e forte. Respirou fundo, abrindo a porta e empurrando o carrinho para dentro parando perto da maca, seguiu para a cadeira do lado a beta, que estava deitada e quieta.

Levou sua mão para a cabeça dela fazendo um carinho suave em seus cabelos, bagunçando seus fios. — Bom dia, minha querida! — Luiza virou seu rosto na direção da voz.

Estudou a mulher que estava lívida e fraca devido aos tratamentos e testes que ele e seu irmão fizeram nela, deixando debilitada. Porém, ele podia notar uma centelha de aroma fluir dela. Apesar de sua classificação não ser mais reconhecida pelos exames, sabia que logo ela viraria uma ômega. Levou seus dedos para os lábios, olhando a estrutura delicada, era nítido que sua forma agora atraia ambos para ela como uma flor.

Pegou uma sopa do carrinho, que tinha feito para ela comer, nutrientes que ela precisava para a próxima etapa de sua pesquisa quase perfeita. Ainda se sentia incomodado pelo fato dela estar vomitando devido aos medicamentos fortes que eles forçavam a tomar.

"Tão delicada!" Pensou encarando, abrindo o pote de sopa de legumes com pedaços macios de carne. — Vamos comer um pouco, querida? — Kenjaku, fitava sua expressão, Luíza com esforço se sentou na cama e com delicadeza ele começou a alimentá-la com a sopa quente.

— Sinto dor! — Reclamou, ao tomar um pouco de sopa, olhando confusa para o alfa. Não conseguia entender o homem, hora ele era um louco sádico, manipulador e na outra estava cuidando gentilmente dela como fosse quebrar.

— Shiiu, querida! Quando terminar, vamos cuidar de você...

— Vamos? — Olhando confusa para o alfa, que gargalhou deleitosamente.

— Você é nossa, minha e do meu irmãozinho! — Ela tremeu diante da notícia, virando o rosto para não receber alimentação. — Não seja teimosa, essa sopa vai lhe manter forte. — O alfa, segurou seu rosto, a obrigando a tomar a sopa.

— Seu monstro! — Kenjaku, apertou mais o rosto dela, a encarando com um brilho vermelho em seus olhos o que fez a encolher assustada, Luiza sentia uma dor forte, como se algo estivesse queimando em seu interior. Ficou tonta e seu corpo ficou mole e sua cabeça tombou para o lado, seus olhos se arregalaram. Pequenos choques passavam por ela, Kenjaku a deitou melhor na maca colocando a sopa no carrinho. Andou pelo quarto, pegando seu tablet e fazendo anotações, olhando para as máquinas que monitoravam o corpo da mulher.

— Esse medicamento está fraco, reação lenta. — Virou para a porta olhando para o seu irmão que estava também vestido com seu jaleco, caminhou até o mais velho. Olhando para informações do andamento do projeto que Getou entrou por curiosidade.

— Como está a ratinha? — Olhava para Luíza. — Tem um cheiro doce no ar vindo dela, já sentiu esse cheiro me deixou nostálgico.

— Notei, porém, ela ainda estar como beta, na última checagem de classe. Apesar de parecer indefinido.

― Astaroth acordou... Ela está reagindo bem ao tratamento, como está a dose? ― Os dois alfas compartilhavam informações sobre a beta.

― Reação lenta! Mas tem uma coisa, S/n também é uma Ohana, como ela é mais forte que a nossa beta? — Deram de ombros, quando sentiram o poder da malícia de Sukuna passando pelo corredor, quando olharam para frente a porta o alfa bicolor estava com sua esposa em seus braços desmaiada e coberta de sangue.

Cidade dos Malditos - Imagine Ryomen Sukunaحيث تعيش القصص. اكتشف الآن