Mas mesmo assim eu nunca me senti tão presa, saber o que devo fazer ou escolher. De todas as minhas preocupações, a maior de todas era minha mãe, como ela irá reagir ao descobrir que sua única filha se tornou um monstro. Levantei determinada e disse a mim mesma. 

— Eu não sei se posso vencer isso. Mas se eu não puder vencer, então eu irei acabar com essa coisa e junto a minha vida. 

Peguei um ônibus para voltar para casa. Tinha um senhor de idade em pé, e eu vi um homem sentado, eu disse a ele. 

— Poderia dar lugar a esse senhor? 

— Ele que fique em pé — respondeu com grosseria. 

Segurei a mão dele e apertei um pouco, enquanto disse no seu ouvido. 

— Escute aqui imbecil, se não trata as pessoas com respeito de bom grado, vai aprender na marra. 

Ele tentou se levantar, mas minha força era cinquenta vezes maior que a dele, então eu apenas dei um sorriso e disse. 

— Se soubesse o que está correndo nas minhas veias agora não seria um imbecil — disse. 

Ele se levantou, e eu disse pro senhor de idade. 

— Pode se senta senhor todo seu. 

— Obrigado moça, muito obrigado — respondeu. 

Quanto ao homem grosseiro ao descer do ônibus olhou para mim e disse. 

— Sua vadia.

Ele desceu do ônibus. ... Eu não havia descido junto com ele, mas quando o ônibus partiu seguindo em frente, eu não estava junto dele.

— Realmente imbecis como você não merecem viver não — disse a ele de braços cruzados o olhando séria.

Ele estava entre dois muros de casas, ao me olhar se assustou, tentava juntar as peças, se ele desceu e eu não desci, como eu estou agora a poucos metros dele? Essa pergunta não tenho uma resposta não, mas isso é o menor problema nessa situação aqui.

— Como você está aqui sua esquisita?

— Esquisita eu? — caminhei calmamente em sua direção — Eu não era a vadia? Agora sou esquisita também? — perguntei o encarando.

— Você é uma vadia esquisita pronto!

— abri minha boca em pouco tempo e meus dentes ficaram visivelmente pontiagudos —

Kairus apareceu nesse momento, tocou meu ombro e disse com certa autoridade.

— Já chega Yonus, não vale a pena. 

— Seu dia de sorte imbecil — digo ao homem. 

Kairus me olhou de canto, expeliu um sorriso e em seguida mudou para um aspecto agressivo na sua face e disse com uma voz grave e objetiva.

— Acho que não é não.

Ele ergueu o homem pela gola até seus pés saírem do chão, e num golpe rápido quase difícil de ver, penetrou seus dentes no pescoço dele, o homem se debatia como animal envenenado.

Eu fechei os olhos, pois aquilo era amedrontador de se ver. Kairus largou o homem no chão, depois de o devorar emitindo sons de um animal feroz, eu me aproximei e olhei para o homem, estava com os olhos virados, escorria sangue de suas pálpebras, sua pele parecia estar branca, com todas as suas veias sobresaltadas.

Aquilo foi assustador demais para mim. Kairus se virou, olhou para mim, sua face era assustadora, seu rosto vermelho do sangue daquele homem, suas sobrancelhas agora como nervos saltados, seus olhos como o de demônios vindo do próprio inferno, eu novamente tive medo dele. Eu fiquei o olhando durante alguns segundos, depois assumi minhas vontades e lhe perguntei.

— Ele está morto? 

— Quase, eu bebi muito do sangue dele, seu coração está a um ponto de parar de bater — respondeu com uma frieza imensa. 

— Escuta! Porque não fez o mesmo comigo? — perguntei. 

— Eu já lhe disse. Você é minha escolhida — respondeu. 

— Porque eu? Porque justo eu? — perguntei nervosa. 

— Porque eu conheço seu coração Yonus — respondeu. 

— Como assim? — perguntei curiosa. 

— Eu apenas mato os maus, eu nunca matei uma boa pessoa, acha mesmo que esse homem aqui merecia ter essa vida extraordinária que temos? — disse a mim. 

— Temos? — perguntei. 

— Terá em breve — respondeu frio. 

— Eu não sei, eu não julgo o coração das pessoas assim como você, Kairus — disse a ele. 

— Yonus! Um verme desse apenas iria se desfrutar de tamanho dom para ser pior ainda do que já é — respondeu. 

E logo após desapareceu outra vez diante dos meus olhos.

INSTINTO ^^Donde viven las historias. Descúbrelo ahora