Fiquei desacordada por um bom tempo, ninguém se importou comigo, acho que pensaram que eu fosse apenas mais uma moradora de rua, ou seja agiam como sempre ignorando a existência dessas pobres pessoas abandonadas à própria sorte.
Abri meus olhos, e novamente via um céu estrelado, me sentei na calçada, me senti fraca e quase incapaz de ficar em pé, mas eu tinha que voltar para minha casa e pra minha vida.
Com um pouco de tonturas eu fiquei em pé, olhei para minhas mãos, e estavam trêmulas, me senti novamente com medo, e ninguém poderia me ajudar a suportar esse medo, fui caminhando dava alguns passos e logo depois me apoiava nas paredes para não cair no chão.
Um morador de rua que dormia ali, acorda e diz.
— Você está péssima garota.
— Eu sei — digo com fraqueza.
— O que faz na rua essa hora? — me perguntou.
— Estou com muita dor no corpo — respondi.
— Procurou um hospital? — me perguntou.
— Não — voz muito fraca.
— deixa eu ver sua temperatura, meu Deus moça está ardendo em febre — disse ele.
Foi quando eu dei um grito, parecia que meu coração ia explodir, foi uma sensação de ele estar apertando dentro do meu peito, cai na calçada de joelhos parecia estar tendo um infarto.
Foi quando eu tive mais uma experiência fora do normal, eu apoiei minhas mãos no chão, e de repente eu pude ver nitidamente a água da chuva entre as rachaduras da calçada, era impossível aquilo pois parecia que meus olhos estavam ligados a um binóculo de alta longitude, fiquei completamente sem reação.
Logo em seguida me levantei, o morador de rua ficou me olhando, consegui me equilibrar novamente, parece que eu não estou tão fraca assim, fui caminhando, pela calçada, passou algumas horas finalmente cheguei em casa, bati na porta, minha mãe abriu e disse.
— Filha por onde andou? Eu liguei para casa da sua amiga e ela disse que não viu você, mas você disse que estava indo para lá então me explique — disse ela.
Entrei em casa, me sentei no sofá, olhei para minha mãe e disse.
— Eu não sei o que está acontecendo comigo mãe, eu estava me sentindo muito fraca, meu coração parece explodir e eu estou tendo pequenos aumento de volumes em tudo que eu escuto, eu estou com muito medo — respondi.
— Calma Yonus! Vou te levar ao médico, você não está nada bem, realmente nada bem — disse ela.
Minha mãe rapidamente me colocou dentro do carro, e seguimos para o hospital mais próximo, eu fiquei olhando para fora, e às vezes minha visão dava um zoom extraordinário, ao botar meus olhos no horizonte, pude ver uma mulher assinando um papel, vi nitidamente a caneta deslizando no papel, tinha cor azul.
Eu fiquei espantada com isso, mas não falei sobre pra minha mãe ainda, depois de uns minutos, chegamos ao hospital, minha mãe e eu descemos, eu estava bem até, fomos entrando no hospital, fiquei sentada de cabeça baixa.
Enquanto minha mãe foi até a recepcionista falar com a moça. Eu comecei a ficar novamente com tonturas e cai no chão, minha mãe se desesperou.
— Um médico por favor.
Vieram duas enfermeiras e me colocaram numa maca, me levaram para dentro, estava eu ali deitada, ouvi bem baixinho o médico dizendo.
— Vamos fazer exames para ver se descobrimos a causa dos desmaios — disse ele.
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INSTINTO ^^
Mystery / ThrillerA jovem Yonus faz faculdade de medicina, e pretende ser uma médica no futuro. ... Mas seus planos são interrompidos quando a jovem conhece o desconhecido, o lado sombrio da bondade e do desejo hipnotizante e sedutor de um anjo ou demônio. .. Ela vai...
