Eu fiquei de costas parada e disse.
— Vão se arrepender se tocar em mim.
Um deles me puxou pelo cabelo e me jogou no chão, eu caí e bati a cabeça, neste momento fui tomada por uma fúria imensa, na qual parecia que todos os meus sentimentos e emoções se tornaram puro ódio e maldades, onde cada sentimento bom havia desaparecido completamente do meu coração. Quando vieram até mim, um de cada vez, eu não sei como eu fiz aquilo, mas eu agarrei com força os ombros de um deles, arremesso o homem a uns 3 metros de mim com minhas mãos. Ele caiu logo após de cara no chão e se machucou todo, peguei o segundo homem pelo pescoço, com um leveza incrível me levantei já o erguendo do chão, enquanto seus pés debatiam no ar.
Os outros assustados, abandonaram suas feições maléficas e saíram correndo de mim, eu os encarei com um semblante odioso nos olhos.
— Covardes! Miseráveis! Canalhas!
O homem que eu segurava no pescoço foi arremessado numa pequena banca de jornal ali, já fechada a noite, o estrondoso som de vidros estilhaçados, o primeiro se coloca em pé bastante machucado e se afasta devagar de mim enquanto mancava, quando eu corri na sua direção e sem o tocar, meu rosto ficou colado ao seu e dei um rosnado amedrontador, que até cães de rua começam a latir para mim. E com uma voz de sussurro mais com muita potência eu lhe disse.
— Hoje eu não estou num dia muito bom seu babaca, eu quero que você me deixe em paz.
Empurrei ele, sem ter controle de minha força, ele assim caiu no meio da rua. Foi quando vi um ônibus que se aproximava rápido, o atropelou. Eu não senti pena, eu já estava com a mente completamente dominada pelo ódio.
Enquanto ao ônibus parou, e os passageiros desciam assustados, eu me escondi no beco escuro, eu não podia acreditar, eu fui responsável por um assassinato, eu não o matei, mas foi eu quem o empurrou.
Minha cabeça estava como um quebra cabeça, todo bagunçado, eu não sou uma assassina, eu sou apenas uma jovem apaixonada por medicina e animais, sentei num canto qualquer e fiquei refletindo sobre tudo que acabara de acontecer, aqui no meu da rua. Foi quando o responsável pela minha dor apareceu.
— Tudo bem?
— Pareço estar bem? — digo irritada.
— Não! Mas isso vai passar — respondeu.
— Não Kairus! Não vai passar! Afinal eu não sei nem mais quem sou, eu estou me tornando um monstro cruel e frio — disse a ele.
— Por isso precisa ficar comigo, eu vou ajudar você a lidar com todos os seus problemas — respondeu friamente.
— Não quero você perto de mim! Não preciso de você! Você acabou com a minha vida, meus sonhos e objetivos, eu te odeio Kairus — disse com ódio.
Me levantei, e me afastava cada vez mais e mais dele, enquanto ele ficou imóvel me observando de longe. Dou uma última olhada rapidamente para ele e saio correndo para longe dali. Vou caminhando pela cidade, quando notei umas pessoas jogando bola num lugar fechado, fui até o local tranquilamente. Meus olhos fixados em cada uma das pessoas ali, mas eu não as via como pessoas se divertindo, eram as minhas presas de agora, ou de um outro dia.
Agarrei a grade com meus dedos e eu apertava com força, entortei um pouco cada pedaço que foi possível sem chamar atenção para mim, e soltei, um breve momento assumi o meu controle novamente, assim tive uma sensação de que tudo que eu tocasse seria destruído.
Continuei sozinha, tranquila sem me preocupar com mais nada, me sentei num banco de praça qualquer e fiquei ali. Um pombo no meio da noite fria pousou ao meu lado, eu olho para ele e me vejo ali, agora eu podia ter uma liberdade sem fronteiras. Assim como ele estava desfrutando de sua liberdade também.
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INSTINTO ^^
Mystery / ThrillerA jovem Yonus faz faculdade de medicina, e pretende ser uma médica no futuro. ... Mas seus planos são interrompidos quando a jovem conhece o desconhecido, o lado sombrio da bondade e do desejo hipnotizante e sedutor de um anjo ou demônio. .. Ela vai...
Aula prática ^^
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