— Mãe? Cadê minha mãe? — perguntei.
— Calma, ela está logo ali — respondeu uma enfermeira.
O médico veio com uma seringa, na minha direção.
— Vamos tirar um pouco do seu sangue para examiná-lo — disse ele.
Ele furou minha veia com a agulha, quando ele começou a puxar meu sangue, eu olhei para a seringa e notei que meu sangue parecia um imã ele voltava para o meu corpo como se quisesse ficar comigo para sempre, o médico assustado disse.
— Eu nunca vi algo parecido com isso antes, eu sinceramente estou muito curioso a respeito — diz ele.
Vieram duas enfermeiras me segurar, enquanto o médico tentou outra vez, foi quando empurrei a enfermeira que caiu no chão, o médico tentou me segurar, mas eu com a outra mão segurei o braço dele e ele sentiu uma dor como se tivesse quebrado seu braço, eu muito assustada, me levantei rápido vesti meu casaco e saí da sala.
Foi quando eu tive minha primeira experiência com sangue, botei meus olhos no corredor e notei um homem que acabou de chegar com um ferimento no braço, estava sangrando.
O que eu senti foi algo que eu jamais senti antes, minha boca secou, minha garganta sem um pingo de saliva, meu paladar estava aguçado parecia ter um gosto muito doce no céu da minha boca.
Quando ele passou deitado numa maca bem ao meu lado, eu olhei para ele, meu coração batia lentamente, minha pele arrepiou, quando olhei para o sangue escorrendo no seu braço eu vi a coisa mais saborosa do mundo, parecia ser aquela refeição preparada com perfeição, mas eu não fiz nada, afinal o que eu poderia ter feito? Voltei para a realidade ouvindo minha mãe me chamar.
— Yonus! Você está bem? — pergunta ela.
— Estou sim! O médico retirou meu sangue e vai fazer alguns exames, para ver o que causou tudo isso — respondi.
— Ótimo! Podemos ir pra casa agora — disse ela aliviada.
— Sim sim — respondi.
Saímos do hospital e entramos no carro, seguimos para fora do hospital, eu ainda estava pensativa sobre o que foi aquela sensação de apreciar o sangue do homem, eu não sei como vai ser daqui para frente.
Olho para o lado, no retrovisor e vejo meus olhos diferentes, aos arredores da minha pupila, um tom cor de bronze parecido com o tal Kairus.
Olho novamente e eles pareciam normais de novo.
Se passaram uma semana depois da ida ao médico, e eu ainda não sabia o que estava acontecendo comigo, fiquei completamente perdida, pensava tanto que minha cabeça chegava a doer.
Da janela do meu quarto abri a cortina, olhei para a rua e tinha várias crianças jogando bola, eu sentei na janela e fiquei assistindo, tomando meu café, um dia lindo lá fora, céu azul e um sol maravilhoso no horizonte.
Quando o menino foi chutar a bola, minha visão voltou a ficar louca de novo eu pude ver a sujeira de baixo do tênis dele caindo quando ele chutou, e quando a bola bateu no muro, eu pude ver ela se deformar, isso é impossível para o ser humano ver, mas eu vi e não acreditei no que via.
Minha mãe entrou no meu quarto e disse.
— Bom dia filha! Está um dia lindo lá fora porque não vai dar uma volta, afinal está de atestado não precisa ir à faculdade — disse ela.
— Bom dia mãe! Não sei se é uma boa idéia, ainda não me sinto muito bem, posso desmaiar de novo — respondi.
— Entendo Yonus, mas precisa sair um pouco, vai acabar enlouquecendo aqui dentro — diz ela.
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INSTINTO ^^
Mystery / ThrillerA jovem Yonus faz faculdade de medicina, e pretende ser uma médica no futuro. ... Mas seus planos são interrompidos quando a jovem conhece o desconhecido, o lado sombrio da bondade e do desejo hipnotizante e sedutor de um anjo ou demônio. .. Ela vai...
Doce Atração ^^
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