Missão Secreta

CAPÍTULO 19

Verônica ainda estava com as mãos no balcão, esperava que suas pernas parassem de tremer completamente, para que pudesse se juntar a Anita na banheira, ainda não tinha certeza se conseguiria andar sem deixar tão aparente. 

Verônica amaldiçoou mentalmente. Maldita Anita e maldito poder que ela exercia sobre ela. Quando Verônica tinha decidido se entregar tanto assim? Ela não tinha. Seu corpo e coração fizeram a escolha por ela. Há poucas horas atrás decidira tentar algo com Anita e agora não queria mais desgrudar da mulher. Afinal, o que mais poderia fazer? Se conheciam há anos, Verônica sabia que ainda havia muito que não conhecia da outra, estava ciente disso agora, mas ela gostaria de conhecer de perto e acompanhar cada passo dessa mudança de Anita com ela, não queria mais perder tempo. 

Que se dane, pensou deixando um sorriso escapar. Já tinha perdido gente demais, estava na hora de parar de viver com medo e apenas viver. Ela merecia isso, as duas mereciam.

Ela caminhou até a banheira, Anita a acompanhou com o olhar, a chamando para perto com o dedo indicador assim que Verônica estava na beirada, a morena riu e foi até ela lhe dando um beijo. Verônica mordeu o lábio inferior da loira com força ao terminar, fazendo Anita soltar um gemido de dor e prazer ao mesmo tempo.

— Pra que isso? — levou a mão ao lábio dolorido.

— Você achou mesmo que ia fazer aquilo comigo e não ia ter troco? — Verônica provocou levando a boca agora até seu pescoço. — Inferno de mulher cheirosa. — murmurou sentindo o perfume da outra, Anita prendeu a respiração ao sentir o nariz de Verônica roçando sua pele. — Se você soubesse como eu fico com vontade de te comer sempre que sinto esse perfume…

Antes que Anita pudesse responder, Verônica a fez gemer com uma mordida, logo sua boca estava explorando a área abaixo de seu pescoço. Ela estava deixando marcas em Anita em todos os lugares que conseguia e a loira não conseguia protestar, sempre odiou aquele tipo de coisa, mas se o preço por ter a boca de Verônica em seu corpo fosse ter a pele avermelhada por algumas horas ela ficaria feliz em pagar. 

Verônica pegou um dos bombons perto da banheira e levou até a boca de Anita, mordeu a metade fazendo seus lábios se tocarem com os dela, enquanto mastigava seus olhos não deixaram os azuis, em seguida fez a mesma coisa, dessa vez subindo no colo de Anita. Só aquilo foi suficiente para a loira prender a respiração, quando Verônica começou a rebolar seu coração já batia tão forte que ela tinha certeza que todos em Paris conseguiam ouvir, suas mãos foram parar nas costas da escrivã deixando arranhões leves. 

Se a intenção de Verônica era se vingar ela estava conseguindo, Anita tinha seus sentidos tão sensíveis e ativos que mal conseguia controlar suas sensações. Já tinha estado com mulheres várias vezes, mas nada comparado com isso, não tinha mais certeza se a temperatura quente que sentia era a água da banheira ou o próprio corpo, sentia que poderia entrar em combustão a qualquer segundo e,  com certeza, era uma morte que valeria a pena. 

Anita estava satisfeita com aquele contato, poderia gozar ali mesmo e não iria demorar muito, mas Verônica levou sua mão até sua entrada e começou a masturbá-la na banheira, o mundo de Anita girou outra vez e dentro da sua mente ela viu cores que jamais poderia imaginar que existiam.

Ela já estava quase lá e quando Verônica percebeu tirou a boca que estava em seu mamilo, subindo até chegar na sua orelha.

— Goza pra mim, doutora. 

Anita obedeceu encarando os olhos castanhos, não conseguiu se segurar nem mais um segundo. Nunca havia se sentido tão satisfeita e exausta em toda a sua vida. Verônica decidiu a encher de beijos até que ela voltasse para seu eixo, o que aconteceu aos poucos.