Fallen Heart

Do you think I'm a monster?

Elyna Florence Pov’

Estava sentada na cozinha de Ella, desfrutava de um café que eu mesma havia feito para mim enquanto observava de longe a linda moça dormir serenamente e toda largada em sua cama. Um sorriso escapou de meus labios ao ve-la franzir de leve o cenho e se virar totalmente na cama, se embolando entre os lençois como se não houvesse nada mais agradavel a pele do que eles

Havia dormido em seu apartamento pois confesso ter ficado receosa de deixa-la sozinha e ela acabar passando mal por conta da quantidade alta de alcool ingerido. Me perguntava sobre o que deve ter acontecido para ela escolher se embriagar mais do que qualquer outra pessoa fazia e por algumas vezes cheguei a conclusão que foi por conta da cena que presenciou ontem. Vi uma foto no noticiario onde mostrava ela entrando no hotel onde eu havia assassinado e deixado Valerie, e talvez a miragem que encontrou a deixou assustada, talvez ela me achasse de verdade um monstro agora

Observei ela se remexer mais do que o normal e fazer uma careta tentando abrir os olhos sem machuca-los devido a forte claridade que havia no apartamento. Um bico nos labios, cabelo desgrenhado, cenho franzido e um olho apenas aberto minimamente, era assim que ela estava ao sentar-se na cama e me olhar. Perfeita.

– Bom dia, Bianchi – Sorri para sua cara engraçada

– Porque tem tanta luz aqui? – Reclamou e coçou os olhos enquanto bocejava – Que horas são? Não estou conseguindo enxergar no relogio 

– São 10:30

– Nossa, eu dormi demais 

Se levantou e se espreguiçou, fazendo tudo ao meu redor silenciar para apenas focar nela. Era tão linda que mesmo toda bagunçada depois de uma noite regada a alcool ela continuava exuberante como meus olhos nunca puderam apreciar antes, tudo nela era atraente diante de meu olhar, como se ela fosse composta por um enorme imã e eu fosse apenas um pedacinho de metal que não teria chances se tentasse lutar contra o seu campo magnetico

Talvez fosse o seu rosto angelical, talvez fosse seu cabelo ruivo que ganhava meu cérebro mais do que tudo ou talvez fosse o jeito fofo e sexy que ela ficava com aquela enorme camiseta que chegava até metade de suas coxas, eu não sabia bem o que era, mas algo nela gritava por minha atenção como se fosse queimar se não a tivesse, algo nela clamava por minhas mãos e beijos e não se silenciariam até que por fim eu a tocasse, e fizesse tudo o que o seu corpo e seu olhar pediam 

– Vem tomar café comigo, fiz chá tambem pois sei que você gosta e pra caso queira deixar o café de lado hoje – Tornei a falar depois de ter passado algum tempo admirando-a, resultando em um sorriso de sua parte

– Dormiu na poltrona? – Perguntou ao notar um lençol e uma almofada em cima da mesma, franzindo o cenho ao me ver concordar, vindo em minha direção – Porque não dormiu na cama? 

– Bom, eu tentei, mas você ficava tentando me agarrar o tempo inteiro – Ela arregalou os olhos e levou uma mão ao rosto

– Me diz que isso é mentira

– Pra sua insatisfação é totalmente verdade, mas relaxa, não rolou nada e eu resolvi dormir na poltrona realmente para evitar um constrangimento maior

– Meu Deus, desde quando eu viro uma pervertida quando bebo? 

Perguntou e eu dei de ombros, soltando uma risadinha enquanto a via ir em direção ao banheiro envergonhada, logo seu corpo voltou a aparecer na porta do banheiro e ela me olhava enquanto escovava os dentes, apenas negando com a cabeça e sumindo da minha visão novamente. Cerca de uns seis minutos depois ela saiu do banheiro de coque feito bem no topo de sua cabeça e o rosto meio avermelhado por ter o lavado, logo veio em minha direção e depositou um beijo no topo de minha cabeça.