Capítulo 10 - Back in the third island

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Josh Beauchamp
8 de junho

O impacto da explosão da aeronave os jogou para longe. O fogo resultante queimou parte do paraquedas e os fez cair mais rapidamente, a última coisa que Noah e Josh sentiram antes de desmaiarem foi o calafrio gelado que lhes subiu a espinha quando aterrissaram agressivamente no oceano. Joshua foi o primeiro a despertar do estado que os dois se encontravam. Ele olhou ao redor com os olhos cansados, o sol brilhava em cima de sua cabeça, seus lábios estavam secos e rachados pela água salgada e falta de hidratação. Estavam à deriva há muitas horas. As orbes azuis não conseguiam captar o menor sinal de terra firme, nenhuma esperança a vista. Tudo que ele conseguia ver era o garoto moreno boiando ao longe com parte do paraquedas em cima de si mesmo. O material do paraquedas era grosso e resistente, talvez o suficiente para que eles pudessem usar como bote salva vidas. Ele nadou até Noah, torcendo silenciosamente para que ele estivesse vivo. Não que ele se preocupasse de fato, ele só precisava de alguém para ajudá-lo a pensar em como sair dessa situação. Se eles não estivessem em Roma em alguns dias, ele não teria como evitar a guerra que viria. Colb tomaria os Estados Unidos e o Canadá, e os unificaria com o México, formando assim a The Highest society Norte Americana. A América do norte havia sido separada há mais de 70 anos e até os dias atuais não houve líder que conseguisse juntá-la novamente, se Colb fosse capaz de realizar esse feito, eles estariam perdidos. Todos com quem ele realmente se importava estariam mortos. Joalin, Andrew, Lorenzo, Krystian, nada sobraria deles. E Josh não permitiria que isso acontecesse, eles eram a sua família. A sua responsabilidade.

Quando ele chegou a Noah, a primeira coisa que ele fez foi verificar o pulso. Estava lento, mas estava ali. Ele bateu as costas da mão direita de forma cuidadosa na bochecha do de olhos verdes, vezes o suficiente até que ele acordasse. Noah abriu os olhos e piscou lentamente, desorientado. Ele fitou o céu por alguns segundos e então olhou ao redor. Água, água e mais água. Ele entrou em pânico. Seus braços e pernas se debatiam sem parar e Josh teve se segurá-lo pela cintura para que ele ficasse parado e não se afogasse em seu próprio desespero.

— Respire fundo — ele ordenou, a voz firme e ditatorial enquanto aqueles grandes olhos verdes molhados o encarava com assombro. —Não temos tempo para histerias.

Noah o encarou com os olhos arregalados mas fez o que lhe foi mandado. — O que faremos?

— Vamos usar o paraquedas de bote salva-vidas.

— E depois?

— Vamos esperar.

— Pelo que? — Noah franziu o cenho, confuso. Josh suspirou e desviou o olhar para o horizonte.

— Por um milagre.

[...]

Eles passaram as próximas horas em silêncio em cima do bote salva-vidas improvisado. Josh queria conseguir pensar direito, mas o barulho dos dentes de Noah batendo por causa do frio era mais alto do que qualquer pensamento sobre como sair daquela situação. Josh abraçou os joelhos para proteger o corpo do frio, e se permitiu fechar os olhos. Ele precisava pensar. Onde estavam? Como sairiam dali? Será que o mesmo havia acontecido com Joalin e os outros? Será que, diferente deles, eles não tinham conseguido sobreviver? Por quanto tempo eles conseguiriam se manter vivos?

Eram perguntas demais para sua mente exausta.

Talvez tenham se passado somente alguns minutos, ou talvez tenham se passado horas, Josh só sabe que abriu os olhos e deu de cara com os olhos verdes de Noah. Ele estava sorrindo, os lábios rachados e quase ser cor, mas definitivamente repuxados em um sorriso.

— Acho que o nosso milagre chegou, olhe — ele apontou para o lado com a cabeça. Josh estreitou os olhos para a direção que ele estava apontando e sentiu uma faísca de esperança se acender em seu peito. Uma ilha. Ele conseguia ver as luzes ali, era uma cidade. Eles tinham esperança, salvação.

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