Capítulo 5

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Haylley já estava pronta para ir ao trabalho, a Jacob's ia mau a pior a cada dia que passava, mas Hay não desanimava via aquilo apenas como uma tempestade. Na verdade era um tsunami que devastava tudo por onde passava, mas até os tsunamis se acalmavam uma hora, fazendo o mar revolto trazer ondas tranquilas novamente. Mais do que nunca aquele agora era seu patrimônio, seu ganha pão e enquanto houvesse força de vontade e determinação ela persistiria mesmo sendo desanimador ás vezes.

Sentada a mesa sozinha ela terminava de tomar seu café, sua mãe vivia trancada no quarto e mesmo preocupada com ela Hay sabia que ela precisava daquele tempo. Todos precisavam de um tempo quando coisas ruins aconteciam, mas Haylley não tinha tempo para se dar um tempo. A casa estava mais quieta, até os funcionários da grande casa tinham sido reduzidos.

― Senhorita Haylley uma moça a aguarda no escritório. ― uma das empregadas a avisou.
― É alguém que eu conheça? ― Perguntou antes de se levantar.
― Creio que não, ela só me disse que veio tratar de negócios.
― Não é nenhum reporte Julia?
― Ela não parece uma repórter. ― encolheu os ombros.

Alguém queria tratar negócios, Hay se sentiu vitoriosa e até animada. A empresa precisava mais do que nunca de acionistas e sem pestanejar ela se levantou e rumou para o escritório onde seu pai fechou vários negócios.
Agora seria ela a fechar o seu primeiro, naquele mesmo lugar. Abrindo a porta de madeira com receio e nervosismo, ela adentrou respirando fundo e assim que viu quem sentava na cadeira giratória a sua frente ela se decepcionou.

Megan tinha um ar petulante e um riso irônico nos lábios, uma postura desleixada e os pés sobre a mesa de madeira polida.

― Sua casa é incrível patricinha. ― Olhou tudo a sua volta deslumbrada. Não era sempre que ela ia numa casa como aquela.
― O que você está fazendo aqui? ― Haylley cruzou os braços e se aproximou com prepotência e pairando seus olhos nos pés sujos de Mega.
― Você me deu seu endereço Lembra? ― Balançou o papel que tirou do bolso para refrescar sua memória.
― Lembro sim. Lembro também que você recusou a minha proposta.
― Eu também me lembro disso, mas eu voltei atrás.
― Você pode fazer o favor de tirar seus pés de cima da mesa do meu pai? ― Aquilo estava agoniando Haylley de mais.
― Claro patricinha. ― tirou um pé de cada vez sorrindo com deboche.
― Ótimo algo me dizia que você iria me procurar. Mais cedo ou mais tarde. Mas o que fez você mudar de idéia Magan Hudson?
― Eu pensei melhor e aquele canalha merece sofrer um pouco.
― Mudou de idéia assim, de uma hora para outra? ― Haylley estava intrigada com sua presença ali.
― Estavam certos quando me disseram que esse povo riquinho adora uma fofoca. Temos negócios a tratar ou não?
― Claro, fico muito feliz com sua presença aqui. ― realmente Hay estava.
― Por que EU? ― A pergunta de Magan foi objetiva.
― Porque você assim como eu também foi enganada, traída e quer vingança não é?
― No momento é tudo o que eu mais quero.

Foi naquele momento Haylley viu o leve brilho nos olhos verdes de Megan, ela adorou ouvir aquilo sair de sua boca.

― Então você será a pessoa perfeita. ― o seu lado obscuro se despertou dentro dela.
― E quando vamos começar? ― Megan estava afoita.
― Bom como você sabe meu ex é um policial. Tenho que fazer tudo muito bem feito para ele n perceber nada.
― Você tem razão. ― ela concordou.

Hay queria fazer tudo muito bem feito para que tudo saísse como ela planejava e faria tudo com calma, afinal vingança era um prato que se comia frio.

― Eu preciso ir para o trabalho agora, mas depois entro em contato com você. Não podemos ser vista juntas em hipótese alguma. Isso faz parte do processo.
― Processo? ― Mag não entendia nada. Mas ela via que haylley tinha tudo em mente.
― Sim, as coisas não são tão simples como pensamos. Mas como eu disse eu tenho coisas a fazer Megan.
― Tudo bem, esperarei você entrar em contato.
― Temos um acordo. ― Haylley estendeu uma das mãos.
― Sim, temos um acordo.

E foi com um aperto de mãos que elas selaram o seu pacto de vingança. Haylley tinha um sorriso com gosto de vingança nos lábios e não sentia nenhum remorso por isso. Nada ainda tinha acontecido, mas ela já se sentia vitoriosa. Nunca se sentiu tão bem quanto agora.

[...]

Megan voltou para casa esperançosa, via um lampejo de vitoria na atitude em que acabará de tomar. Ela queria que Matt assim como ela sofresse um pouco, mas lembrando-se de Haylley ela percebeu que a morena já tinha um plano traçado enquanto ela não sabia exatamente o que faria, só sabia que queria se vingar de Matthew.

Aquele dia ela trabalhou com um sorriso no rosto. Não porque o trabalho tinha sido bom, ele ainda continuava a mesma merda de sempre. Toda via ela tinha um motivo para sorrir depois de toda a dor que Matt a causou.

****

Haylley tinha um tesouro trancado a sete chaves em uma das gavetas que ela tracava a sete chaves em seu escritório na empresa. Seus olhos brilhavam apenas em olhar a pasta marron que se destacava em meio a papelada que ela também guardava ali. A pasta agora em suas mãos continha tudo o que ela precisava saber sobre Philip Eliot Campbel.

Hay havia lido aquele dossiê várias e várias vezes, agora ela conhecia um pouco mais sobre quem realmente era Phillip, ou o Adam que ela um dia conheceu.

Assim que terminou seu expediente de trabalho ela se dirigiu para a casa de Megan, queria por em pratica seu plano o quanto antes. Antes de sair alguns reporteres ainda tentaram saber alguma coisa sobre o caso do seu pai, havia se passado umaa duas semanas, mas eles não desistiam de importuna-la. Era o bando de lobos famintos do qual Haylley os rotulou.

Aquele era um bom lugar para elas se encontrarem. A casa de Megan era distante do centro. Hay nunca ia muito para aquele lado da cidade, mas ja começava a se acostumar com o trajeto.

- Oi patricinha. - Megan a cumprimentou assim que a viu ao abrir a porta.
- Posso te pedir uma coisa? - Haylley pediu antes de entrar.
- Se eu puder atender ao seu desejo madame. - ironizou Megan.
- Eu tenho um nome, e gosto que me chamem por ele. - Entrou passando por Megan sem ser convidada novamente.
- Ta legal, me desculpa. E você pode fazer o favor de entrar na minha casa só quando eu permitir que você entre? - Megan bateu a porta com força atrás de si.
- Você pedindo desculpa? - Hay voltou-se para ela com um sorriso ignorando o restante do que Mag havia falado.
- Vamos direto ao que interessa Senhorita Lancaster. - havia ironia ao mencionar o seu sobrenome. - O que você tem em mente? - Se jogou numa das poltronas velhas que tinha em sua sala.

O apartamento de Mag era pequeno, num estilo americano da sala se via o quarto e a cozinha que eram dividos pelos próprios moveis. Mas apesar disso era um lugar aconchegante.

Haylley se sentou no sofá vermelho na frente de Megan e tirou de sua sua bolça a pasta com as informações que precisava, jogando-a na mesinha de centro de madeira que as separava.

- Ai estão todas as informações que precisamos saber sobre o Philip. - Disse seu nome com desgostosa.

A curiosidade não cabia dentro da ruiva a frente de Hay, tanto que apressadamente ela pegou a pasta cheia de papel e começou a folhear, lendo coisas interessantes sobre Philip Eliot Campbel.

- Aqui diz que ele gosta de mulheres com atitudes. - olhou para Haylley a avaliando. - Você não me parece uma do tipo. - Mag riu. Adorava zombar de Haylley.

- Eu preciso que você estude tudo o que está ai detalhadamente. - Ignorou seu comentário. - Você vai seduzir o Philip. - disse por fim

- O QUÊ? - Mag se sobrassaltou na cadeira. - Você só pode ter ficado maluca.
- Por quê? Você não se acha capaz? - suas perguntas eram desafiadoras. - Porque se for isso me avise logo para eu procurar outra pessoa que seja capaz.

- Não é isso, eu só fiquei surpresa. Eu sou muito capaz meu amor.
- Foi o que pensei e foi por isso que pensei em você. Mas como eu estava dizendo você vai seduzir o Philip e vai fazer ele ficar caidinho por você. Por enquanto é só isso.
- E quanto ao Matthew?
- Matthew é o seu namorado?
- Meu ex-namorado. - relembrou-a
- O que você quer fazer com ele?
- Bom... Eu ainda não pensei. - Disse pensativa.
- Então quando souber me avise. - Haylley se levantou. - Quando estiver com isso na ponta da lingua me ligue, vamos começar a segunda fase.

Se levantando Haylley saiu andando com seu salto alto e Megam viu o quão prepotente ela era e aquilo a irritou um pouco.

As duas queriam se vingar, mas Haylley tinha tomado aquilo como se sua vida dependesse daquilo ela não era mais a mesma pessoa.

Meninas Malvadas - INCOMPLETOOù les histoires vivent. Découvrez maintenant