Meninas Malvadas - INCOMPLETO

Capítulo 4

Era mais uma sexta-feira a noite como outra qualquer, Meg saiu tarde àquela noite de sexta como varias vezes já tinha acontecido. As sextas e finais de semana no Dog's Burguer eram bem cheias e como era costume ela sempre fazia horários extras naqueles dias. Por sorte ela não morava muito longe dali, ia e volta andando do trabalho, mas geralmente nesses dias em que ela saia mais tarde, era Matt quem a buscava no trabalho e hoje ela andava pela rua sozinha em uma sexta à noite.

A noite estava fria e se abraçando contra seu próprio corpo, se aconchegando com a blusa de frio ela apressou os passos para que chegasse logo em casa, pensava em tudo o que tinha acontecido novamente, na verdade ela não parou de pensar um minuto n que aconteceu. Mag pensava que talvez devesse ouvir o que Matthew tinha a dizer que talvez ela pudesse perdoa-lo, as pessoas cometiam deslizes ás vezes.

Mas esse não era qualquer deslize, era uma traição e mesmo pensando em alguns momentos que podia relevar e dar mais uma chance a Matt, ela se achava boa demais para tomar uma atitude dessas. Nenhuma mulher deveria perdoar um homem por traição. Então porque ela queria o perdoar?

Matthew havia ligado algumas vezes, deixou um ou dois recados em sua caixa postal, mas não a procurou em nenhum momento. Ele sabia onde ela morava, sabia onde ela trabalhava, mas em nenhum momento ele a procurou para tentar no mínimo pedir desculpas ou tentar se explicar. Mag negava para si, mas lá no fundo ela queria vê-lo, ouvir de seus lábios o que tivesse para dizer. E talvez até perdoa-lo.

Meg teve uma idéia doida naquele momento, resolveu caminhar um pouco mais, apesar de estar frio a noite estava tranquila e o céu coberto de estrelas. Ela já compartilhava desse momento, saia andando por ai de noite para pensar em sua vida.

Foi justamente em uma de suas caminhadas noturnas em algumas semanas atrás que ela resolveu que deveria dar um rumo em sua vida. Passou dias indo a Lan Houses, pesquisando por alguns cursos que gostaria de cursar na universidade. Já havia passado da hora de ela dar algum orgulho aos seus pais. Não só a eles, mas a Matthew. Ou melhor, ainda ser um orgulho para si mesma, ela sabia que não ficaria jovem para sempre, já tinha seus 21 anos, tinha que começar a almejar seu futuro para no futuro construir suas conquistas e sua família igual a todo mundo.

E lá estava Mag em frente ao prédio de Matthew, olhando para o 4° andar, justamente para o seu apartamento, para a luz que estava acesa. Ela pensou em ir até lá, bater na porta já que ele não tinha a procurado talvez ela devesse ir confronta-lo também sobre isso.

Mas quando ela cogitou subir ela viu algo que não queria ter visto, e soube que foi a pior coisa que fez em ter ido lá. A mesma menina estava agora na sacada, seu corpo esguio debruçava-se sobre o peitoril. Vestia uma blusa de Matt e logo em seguida ele apareceu e a abraçou por trás, como muitas vezes havia feito com ela. Só que aquela não era ela.

Mag tentou reprimir as lagrimas, mas foi difícil e deixou-se chorar, reprimir o choro não a faria bem. Pensou em fazer um escândalo, mas já estava cansada de ser humilhada, foi embora pegando em sua bolsa o papel com o endereço o segurando firme.

Agora ela sabia por que Matt não havia a procurado, ele nunca teve a intenção de se desculpar por nada, tanto que ainda estava lá com a vadia que roubou o seu lugar. Mas ela logo secou as lagrimas, não deixaria se abater. Não mais, ela deixou todos os sentimentos de humilhação de lado e guardou o ódio. O ódio a impulsionaria e a levaria em qualquer lugar. Matt conheceria a Mag de verdade.

[...]

O prédio da Jacob's Confort, Imagination and Smile estava quase sem funcionários, o andar em que Haylley trabalhava não havia mais ninguém. Depois de tudo o que aconteceu a empresa passava por um período de instabilidade, com o bloqueio da conta bancaria de seu pai e a saída de alguns sócios e patrocinadores Haylley precisou fazer um desligamento em massa de funcionários, mas ela ainda tinha esperanças de que a Jacob's voltaria a ser como um dia foi e era por isso que ela lutava e trabalhava arduamente.