Sabe o quanto é raro desejar alguém com todas as suas forças e ser correspondido ? Alguns chamam de sorte, eu chamo de milagre natalino.
Luiza primogênita da família, a única solteirona na ceia de natal e navegando numa maré de azar, até seu cachorr...
CAPITULO GRANDE, por que VOCÊS MERECEM. ♥️ "Erros ortográficos ainda serão revisados, mas se vocês encontrarem não deixem de me avisar pra eu corrigir". ♥️
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30 de dezembro Luiza
Meu dia amanheceu cinza, parecia que alguém tinha morrido, o sol não tinha o mesmo brilho, e eu sequer conversei com as plantinhas, mas eu precisava ir para aquela floricultura, era minha única esperança de encontrar Valentina e entender o que está acontecendo antes do ano romper, eu sair sem tomar café da manhã pois fome estava em falta em meu estômago.
Uma fina garoa de fim de ano caia, era um desses dias frios, talvez por isso o movimento estava tão fraco aquela manhã na floricultura.
Eu amo o cheiro que as rosas deixam em minhas mãos, mas hoje pareciam que nem elas me arrancaram um fraco riso.
Eu não sabia como, mas havia estragado tudo com a Valentina.
Atendi alguns clientes novos e alguns repetidos, sem mostrar o sorriso que eles estavam acostumados a ver.
De repente escutei o sininho soar e uma voz familiar me chamou:
--- MÃEE ? --- Oi ? - Respondi imediatamente, e logo me toquei que havia um problema.
"É que eu não tenho filho".
Me virei e me deparei com o pequeno Luiz e sua capa de chuva amarela junto a uma mochila nas costas, esperei que Valentina vinhesse logo em seguida mas apenas surgiu um homem de capa de chuva preta e capuz que cobria parte de seu rosto, juntei as sobrancelhas confusa, "meu Deus, o que o Luiz faz aqui sozinho com um desconhecido"?
Luiz correu para abraçar minhas pernas e se esconder atrás delas.
--- Mamãe esse homem quer me levar em casa, mas eu não quero ir com ele. - o pequeno disse com voz de choro se escondendo atrás de minhas pernas.
Notei que o Luiz estava com sua respiração desregulada e seus olhos arregalados me olhando pidões, como se tentassem se comunicar comigo.
Ao analisar o homem asqueroso, com capa de chuva preta, barba por fazer e um olhar malicioso eu compreendi tudo, tomei em mãos a vassoura mais perto, talvez por instinto, jurando que seria capaz de derrotar um homem de quase dois metros de altura com uma vassourada.
— Se retire agora da minha loja, antes que eu chame a polícia. - Vociferei autoritária me aproximando com o meu cabo de vassoura, pronta para ataca-lo caso reagisse.
--- Não quero problemas com você, eu só quero ajudar esse garotinho a chegar em casa em segurança.
--- Não precisa, não está vendo que eu sou a mãe dele? Ele está seguro agora!
O homem deu alguns passos para trás ficando do lado de fora da loja, fechei a porta de vidro ainda visualizando o homem do outro lado e tranquei imediatamente por dentro.
