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Victor Augusto. Las Vegas, Nevada.

Acordei com o som do meu alarme, eu estava realmente exausto, puta merda, essas viagens a trabalho cansam o corpo e a alma. Agora entendo porque meu pai dormia por um dia inteiro quando chegava dessas viagens, está bem explicado mesmo.

Fui ao banheiro e tomei uma ducha quente. Cai entre nós banho quente é superior a banho frio, pelo menos pra mim relaxa a mente, o corpo, e tudo fica mais tranquilo quando estou debaixo do chuveiro, único momento em que tenho paz na minha vida, além de estar em casa.

[...]

Peguei meu celular assim que terminei de me arrumar pra ir pra Alfa, e antes de deixar o quarto parei em frente ao espelho e passei as maos levantando de leve meu cabelo, pra ele ficar arrepiadinho pra cima. Era um charme.

Segui para tomar meu café. Passei pela sala e o silêncio se instalava, as vezes me sinto muito solitário nessa casa, confesso mais querendo ou não quando estou aqui fico tranquilo e sem vozes chatas falando sobre documentos, dinheiro. É meu lugar de liberdade e paz.

ㅡ bom dia Victor! ㅡé eu tenho a Hallie, que além de inteligente só me dá sustos, como esse agora.

Virei para tras pra olha-la.

ㅡ tem algo na minha agenda Hallie? ㅡperguntei. Me sentei na cadeira pra tomar meu caféㅡ tirando aquela reunião besta que tenho hoje, claro.

ㅡ não senhor! De importante mesmo somente a sua reunião de hoje. ㅡela disse e voou para a cozinha me deixando sozinho.

Essa reunião será tão boba e desnecessária. Já havia dito não mais esses caras insistiram pra que eu fosse, além deles não terem dito seus nomes, pelo visto até isso será surpresa.

Depois de terminar meu café, peguei minhas coisas em cima do sofá da sala e fui pra garagem.

[...]

Cheguei em frente a Alfa e Taylor me deu bom dia já pegando meu carro e indo por no estacionamento.

Ryle veio na minha direção rapidamente. Tenho até medo desse robô.

ㅡ bom dia chefe Victor. ㅡele disse. O olhei serio e fui seguindo pro elevador.

Ryle deveria ser proibido de me chamar dessa forma, aliás ele deveria ficar longe do Gustavo e do Victor. Isso sim.

Entrei no elevador com aquela bola voadora indo pro último andar, minha sala.

Chegamos ao último andar. Viemos em completo silêncio porque ele já havia conseguido tirar a minha paz somente com o chefe Victor.

ㅡ finalmente Victor. Vem aqui. ㅡGustavo disse nervoso me puxando pra dentro de sua sala.

ㅡ o que aconteceu caralho? quase quebrou meu braço! ㅡdisse ajeitando meu terno.

ㅡ você recebeu uma intimação pra comparecer a delegacia Victor Augusto. ㅡele disse me fitando serio e nervoso.

Arregalei meus olhos o encarando. Congelei, eu? delegacia? intimação? como assim porra?

ㅡ do que Gustavo? eu não fiz nada Gustavo, meu Deus.
Coloquei as mãos na cabeça. Eu estava tremulo por dentro e por fora.

ㅡ Ryle disse que você já havia chegado e...VOCE JA DISSE GUSTAVO? ㅡVinicius gritou. Tainá vinha junto com ele como sempre e os meninos que faziam parte desse andar veio junto.

ㅡ eu contei cara, trouxe ele pra cá justamente pra NINGUEM OUVIR, mais você é um burro que só sabe gritar Vinicius! ㅡele
falou irritado.

ㅡ afinal, vão me dizer o motivo ou não porra? ㅡperguntei enfurecido.

ㅡ tentativa de homicídio contra...ㅡele parou de falar e encarou o Vinicius.

ㅡ FALA!

ㅡ Wanberto Aparecido.

ㅡ meu pai...porque? eu não fiz nada com ele porra.

ㅡ calma cara, a gente vai resolver isso, você vai provar sua inocência e a gente está aqui. ㅡMatheus se aproximou de mim me abraçando.

Todas as vezes eu recusei, pois não suporto afeto ou demonstração do mesmo. Mais agora era só o que eu precisava.

Taina me entregou um copo de água. Ela tinha uma expressão tão calma e singela quando me olhava muitas vezes, nao era sempre mais ela por algum motivo em certas ocasiões ela tinha esse olhar para mim, e de certa forma, era confortante demais.

Agradeci e ela foi se sentar com o Gustavo. Pelo visto ela já estava se dando bem com os meninos, até porque ela convive todo momento com eles.

ㅡ a gente tem o Ryle, ele é muito avançado na tecnologia.
ㅡJoão disse me olhando.

ㅡ como o Ryle vai nos ajudar? me diz Pedro. ㅡGustavo disse serioㅡ ele é avançado na tecnologia, não em saber da vida dos outros, ô anta.

ㅡ grosso. ㅡJoão disse.

ㅡ vamos Victor? temos que ir pra delegacia o mais rápido possível. ㅡVinicius disse.

Assenti.

Me levantei da mini poltrona e me ajeitei. Meu rosto claramente transparecia medo, raiva, angústia. Meu pai faleceu a mais de quatro anos vitima de infarto, tive que começar a liderar todo imperio dele e tem algum desgraçado me acusando de tentativa de homicídio contra o homem que me criou? eu odeio o ser humano.

Mais eu vou descobrir e me vingar, eu vou.

Antes de sairmos fui pra minha sala deixar minhas coisas.

ㅡ fica tranquilo! Vai ficar tudo bem, você amava seu pai, eu acredito nisso. ㅡTaina disse parada na porta. Nem havia percebido que ela veio altas de mim.

ㅡ obrigado! Mais acho que palavras de conforto agora não fazem tanta diferença. ㅡdisse meio rude. Percebi seu olhar singelo pra mim novamenteㅡ desculpa, só estou nervoso, não queria falar assim. ㅡfalei a fitando meio nervoso.

ㅡ tudo bem Victor! ㅡela sorriu de canto e eu retribui da mesma forma.

Nossos olhos estavam travados um no outro, parecia que tudo tinha pausado.

Minha mente me trouxe de volta a noite da balada. Ela estava tão gostosa naquela noite, beijar ela foi como beijar as nuvens. Seus gemidos fracos nos meus ouvidos me faziam estremecer e arrepiar. Eu estava fraquejado de bebida, mais faria de novo sem estar bêbado também.

ㅡ vamos? ô ô ô ou, Victor. ㅡVinicius me chamava e eu sai dos meus pensamentos, e que pensamentos bons.

ㅡ vamos.

Passamos por Tainá que me deu um olhar malicioso e eu apenas retribui. Foda-se.

Descemos pra garagem, iriamos eu, Vinicius e André, além do Taylor claro.

Eu espero resolver tudo.

𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)Where stories live. Discover now