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Taina Costa. Las Vegas, Nevada.

Meu horário de almoço chegou.

Finalmente.

Peguei o elevador pro primeiro andar, iria almoçar na lanchonete junto da Clara, ela provavelmente já estava me esperando.

Ela estava parada com o olhar meio perdido, e pensativa, me aproximei e ela me olhou me notando por ali.

ㅡ cheguei. Bora? ㅡperguntei. Ela assentiu.

Nós saimos da empresa. A lanchonete era em frente a Alfa, o que nos facilitava bastante. A rua estava movimentada, pessoas, carros pra lá e cá, cada um com a sua pressa, mal humor, era raro encontrar alguém de bom humor pela cidade, a não ser em parques ou locais mais reservados diga-se de passagem. O lugar aqui era totalmente cheio de prédios, única natureza que tinha era plantas de enfeite, prédios enormes, era bonito até a visão, mais um pouco assustador.

Chegamos.

Entramos e nos sentamos em uma mesa no canto da lanchonete, o garçom veio ate nós e fizemos nossos devidos pedidos, como gostavamos de Coca, pedimos uma de um litro que dava pra ambas comer juntas.

ㅡ me diz, tá gostando de trabalhar na Alfa? ㅡperguntou.

ㅡ sim, tem sido muito melhor do que imaginei.

ㅡ o ambiente ajuda também, o chefe não é aqueles caras insuportáveis e metidos a besta. ㅡela disse fazendo uma careta. Isso ela tinha razão, Victor era totalmente aturavel, e muito muito gato, isso não se pode negar, as vezes agradeço por ninguém conseguir ler minha mente.

ㅡ isso eu concordo com você, ele é um bom chefe.

ㅡ par ou ímpar pra saber quem vai pagar? ㅡela perguntou empolgada estendendo a mão para minha frente. Ela quer perder? Sou muito boa em par ou ímpar desde pequena, um grande fato na minha vida, todos perdiam pra mim nesse joguinho bobo.

Lancei um olhar desafiador para a mesma, que retribuiu. Gostei.

ㅡ ímpar. ㅡeu disse.

ㅡ par. ㅡela disse.

Estendemos as mãos no mesmo momento.

Ganhei.

ㅡ vc claramente desafiou a pessoa errada Clarinha. ㅡeu ri. Ela me olhou com carinha de penaㅡ ah, não fica assim vai, eu dou cinquenta centavos pra ajudar, qualquer coisa. ㅡbrinquei.

ㅡ acho que prefiro ter inimigos, do que ter você Tainá. ㅡrimos.

O garçom chegou com nosso prato. Tínhamos ainda uma horinha de almoço, ficaríamos aqui com certeza de bobeira até o horário chegar.

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ㅡ beijo Clarinha, até mais tarde. ㅡdisse e deixei um beijo no ar pra ela subindo pro último andar. Bora voltar ao trabalho.

ㅡ oi Tai. ㅡRyle disse assim que a porta do elevador abriu me dando um susto da mísera. Porra.

ㅡ vc tava aonde bonitinho? ㅡperguntei me fingindo de seria enquanto íamos para minha mesa. Ele havia sumido depois de me entregar os papéis que pedi a ele pra imprimir, me deixou sozinha aqui.

ㅡ estava com o Gabe lá no sexto andar Tai, ajudando ele na reunião de lá. ㅡexplicou. Ryle era tipo um robô babá de todos dessa empresa, pelo menos nunca vi ninguém não precisa dele.

ㅡ me relembra uma coisa? ㅡele assentiu com um olharㅡ qual horário do voo de quarta que vamos pro Brasil?

ㅡ oito horas em ponto Tai. ㅡsorri em agradecimento. Tinha anotado essa merda no sistema, mais me esqueci aonde anotei, minha sorte que o Ryle salva tudo no sistema dele.

ㅡ o Victor já voltou? ㅡo robozinho assentiu dando uma leve balançada. Ele era todo redondinho, nem cabeça o pobi tinha, ou era olhar ou se balançar em direção ao que as pessoas fazem pra dizer sim ou não com o corpo, tão fofo.

ㅡ ele está na sala do Vinícius, estão conversando.

ㅡ ah então depois eu entrego a agenda de compromissos dele, no caso a do Brasil.

ㅡ promete tirar foto de tudo pra me mostrar Tai? ㅡperguntou com uma voz mansa. Ah meu deus.

ㅡ prometo Ryle, prometo.

ㅡ você é demais. Agora preciso ir pro andar quatro, o dever chama o Ryle. ㅡele disse saindo com velocidade.

Me sentei na mesa e fui organizar as reuniões da próxima semana, tinha muitos compromissos marcados, além de lançamentos da Alfa.

𝘽𝙪𝙨𝙞𝙣𝙚𝙨𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚 (Loud Coringa/Tainá Costa)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz