- Ótimo, pode se sentar no sofá, vamos estudar aqui mesmo, vou pegar meu livro e já venho.

Depois de pegar meu livro de química eu voltei para a sala e comecei a dar aula para ele. Decidimos sentar no chão e começar a estudar. O assunto era fácil, então não iríamos ficar muito tempo ali. Mas na verdade, foi terrível estudar com Robin.

Ele não entendia nada e as vezes eu o pegava dormindo, até brigava com ela e puxava seu cabelo pra vê se ele entendia mas era impossível. Ele nem se quer sabia quais eram os elementos da tabela periódica.

- E esse aqui é o hidrogênio - aponto para o símbolo que estava no caderno dele - ele é muito importante e é o primeiro na tabela, você já ouviu falar dele né?

Me viro para Robin e o garoto estava simplesmente com a mão apoiada na cabeça e dormindo, ele estava quase babando.

- Robin, porra! - falo alto o fazendo acordar assustado - Você ouviu oque eu te falei?

- Claro que eu ouvi! - ele limpa o canto da sua boca que estava com baba - mas quer ouvir uma boa?

- Oque? Você vai me dizer que entendeu o assunto? Porque isso seria um milagre

- O hidrogênio não é nada. Com certeza você é meu elemento número um. - ele sorri e eu não pude evitar de soltar um riso sincero. Geralmente eu ficaria brava nessas situações, mas só robin para me fazer rir

- Acho que já deu de química por hoje - fecho o livro - Você quer alguma coisa pra comer? Tem pão, farinha, açúcar.

- Não, valeu. Eu posso ir ao banheiro?

- Pode, fica lá em cima, vou ver se acho algo pra gente comer.

— 𝗥𝗢𝗕𝗜𝗡 𝗔𝗥𝗘𝗟𝗟𝗔𝗡𝗢

Confesso que ir para casa de Stella me deixava nervoso. Não por saber que com certeza o pai dela me mataria se nos visse juntos. Mas eu tinha literalmente armado tudo só pra passar mais tempo com ela. Eu nunca fiz isso por uma garota antes.

Enquanto ela me dava aula eu a observava sutilmente, ela era tão bonita. A forma que fios de cabelo caíam em seus olhos enquanto ela explicava a matéria me deixava ainda mais interessado. Sem perceber, as vezes ela me via a observando e sorria. Isso antes de puxar meu cabelo diversas vezes para que eu prestasse atenção na aula.

Então eu dei a cantada mais tosca que eu já tinha feito. Ela rio e eu ri junto, mas era de vergonha. Oque estava acontecendo comigo? Eu estava gostando da Stella Davis?

Do que eu tô falando, eu gosto da Stella Davis desde que eu vi ela com a mão toda ensanguentada e batendo freneticamente no primo do moose. Mas embora eu gostasse dela eu sabia que ela ainda não sentia o mesmo, não dá mesa forma.
Quando ela me deixou ir no banheiro eu subi as escadas com calma.

Passei pelo quarto dela que estava com a porta aberta. Parei e encarei as escadas para ver se ela estava por perto. Não tinha, ainda bem. Entrei no quarto dela e olhei ao redor.

Era a cara dela, tudo tão organizado e bonito. Tinha pôsteres do The smiths por toda parte, e tinha uma pilha de livros organizada no chão perto da cama dela, junto com seu par de allstar preto. Era como se eu estivesse na cabeça dela, no mundo dela.
Tinha fotos na sua escrivaninha, fotos de momentos felizes, acho que nunca vi a Star tão feliz quanto ela estava naquelas fotos.

Tinha fotos dela com a Sophia em uma moldura, e em outra era ela e seus pais. Mas oque mais me fez sorrir foi ver que ela tinha uma Polaroid grudada no espelho da sua penteadeira, era a foto do nosso grupo inteiro no dia do Halloween. Ayla ainda estava na foto, sinto saudades dela. Ela era uma boa amiga.

𝐈'𝐌 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆 | Robin ArellanoWhere stories live. Discover now