Capítulo 22 - Água com açúcar.

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"E assim que vi seu rosto, eu soube que não se tratava de uma criada, mas de uma princesa."

Rafael.

Depois daquela discussão eu precisei sair um pouco, respirar.
Entro em um bar um pouco afastado da cidade, não quis ir em uma boate minha porque eu conheço todo mundo e no momento eu não queria falar com ninguém.
– Uísque – Peço ao barman, meus seguranças rondam pelo lugar e percebo uma movimentação estranha.
– William.– Chamo um deles que se aproxima.
– Senhor.– Indaga.
– O que está acontecendo? – Pergunto.
– Parece que um carro estranho parou em frente ao bar.– Diz.
– O quê? Quem? – Pergunto mas obtenho minha resposta, Ed estava passando pela porta sendo seguido por muitos seguranças, reviro os olhos quando ele se senta ao meu lado no balcão.
– Me espionando? – Indago, como mais ele saberia que eu estava ali.
– Vim na paz nesse momento, só por agora imagine uma bandeira branca entre nós.– Afirma.
– Porque? O que você quer? – Pergunto.
– Fazer uma proposta.– Ele sorri.
– Que proposta? Já adianto que não curto homens mas se você curte eu não me importo.– Sorrio.
– Não vou me dar ao trabalho de responder isso, vou direto ao ponto, tem 10 bilhões de reais no carro lá fora, demorei muito para juntar esse montante e fiz com um único proposto, quero Karina de volta e estou oferecendo o dobro.– Afirma.
Viro uma golada de bebida na boca e engula rápido.
– 10 bilhões? Quer mesmo me dar todo esse poder? – Indago.
– Dane-se o poder, eu quero ela de volta e estou tentando fazer isso numa boa, é pegar ou largar, agora ou nunca, caso contrário vou tirar ela de você a força.– Conclui.
Eu me levanto, meus segurança atrás de mim, os dele estão junto dele, eu coloco as mãos nos bolsos.
– Acha mesmo que eu vou te entregar minha mulher por 10 bilhões? Nem se você me trouxesse todo o dinheiro do planeta, entendeu? Minha mulher vai ficar comigo, acha que consegue tirar ela de mim? Tente.– Afirmo.

– Então já que não tem acordo, é guerra.– Ed diz sacando sua arma, eu faço o mesmo, a muito tempo eu queria matá-lo mesmo.
– Quer mesmo fazer isso aqui dentro? Não me importa de te matar lá fora.– Afirmo destravando minha arma.
– Vamos ver quem vai matar quem.– Conclui.
Assim ambos diparamos, ele acerta a minha coxa, eu acerto seu peito, nossos seguranças começam a atira, um dos meus me puxa tentando me tirar dali pelos fundos, eu começo a mancar mas Ed estava bem pior, tomara que tenha morrido.
Sou colocado dentro de um carro.
– Vamos para um hospital. – Um dos seguranças afirmam.
– Não! Hospital não! Pra casa! – Já estava amanhecendo.
Entro em casa mancando, com a ajuda dos seguranças me sento no sofá, não era o primeiro tiro que eu havia levado, mas antes eu tinha um médico a disposição 24 horas, agora Dr.Estevan estava morto, não por mim, mas por meus inimigos.
– Tragam a minha mulher.– Afirmo tentando conter o sangramento, um segurança sobe e quando desce Karina está com ele.
– O QUE ACONTECEU? – Pergunta por causa da quantidade de sangue.
– Encontrei Ed de madrugada num bar, esse foi o desfecho mas ele levou um no peito.– Afirmo.
– Você não estava no quarto de madrugada? – Me olha.
– Não, depois da discussão ontem eu sai, estou chegando agora, porque? Aconteceu alguma coisa? – Pergunto.
– Depois conversamos, precisamos te levar a um hospital.– Sussurra.
– Não, não posso ir a um hospital, fariam perguntas e chamariam a polícia, você sabe bem que eu mexo com coisas pesadas – Explico.
– Então o que fazemos? – Pergunta.
– Bem, tem uma médica na minha frente nesse momento, eu disse que viria a calhar você estudar medicina.– Dou de ombros.

Shell GirlWhere stories live. Discover now