Capítulo 06 - Cê vai perder essa mulher..

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"Se eu te falasse metade do que está preso dentro de mim, você choraria."

"Isso é desumano, cara. Como gostar de alguém pode doer tanto?"

Rafael.

Seguro aquela pequena pérola na palma da minha mão, estava intrigado, mais que isso, curioso ao extremo.
Como ela conseguia fazer pérolas com o próprio corpo? Esse era o segredo de Ed, não importa quanto dinheiro Karina arrume, mesmo que ela lhe pague os 5 bilhões, ainda sim, ele daria um jeito de prendê-lá, ela é uma máquina de dinheiro, um caixa humano de banco, sempre vai ter dinheiro saindo dela, infinitamente.
– Porra.– É tudo que sai.
Pensando por esse lado, seria mais fácil derrubar ele, aplicar um golpe, lhe tirar o que tem, ele tentaria usar Karina para recuperar tudo, eu a tiraria dele também, não sei, mandaria para outro país, qualquer lugar porque sinceramente? Ela não me interessa em nada, ontem doi bom? Claro que foi, mas foi só sexo.
O que ela tinha a me oferecer? Beleza? Muitas mulheres tinham, pérolas? Eu poderia ter quantas quisesse, não preciso delas para nada, sou milionário, naonão há nada que ela possa me oferecer que eu já não tenha.
Escuto batidas na porta.
– Entra.– Digo guardando a pérola na gaveta da mesa.
– Senhor, a senhorita Scarlett está aqui e deseja vê-lo.– Lily, a governanta avisa.
– Mande ela subir.– Afirmo e em minutos Scarlett aparece, usando um vestido dourado colado ao corpo, salto alto, uma bolsa da mesma cor, os cabelos na cor vermelho de acordo com o batom dos lábios, ela era uma ex do meu passado que agora cuidava de uma das minhas boates, tinhamos uma amizade hoje em dia, com benefícios, é claro.
– O que a traz aqui logo cedo? – Pergunto.
– O dinheiro do mês, quis trazer pessoalmente, também trouxe o livro caixa da boate, se quiser ver.– Afirma, uma boate que dava mais lucro que qualquer outra, não era só uma boate, um motel ficava nos fundos, conectado, não obrigavamos ninguém a transar, nem as dançarinas, mas caso elas queiram e o dinheiro que oferecessem a elas fossem bom, estavam livre para ir, eu tinha uma porcentagem nesse lucro.
– Não preciso ver, acredito que você não seria burra o suficiente para tentar me roubar, fazemos isso a quantos anos? Três, quatro? – Pergunto.
– 6 anos.– Ela dá de ombros. – Bem, então é isso, estou indo.– Diz se virando.
– Espera. – Afirmo e ela para no lugar se virando para mim.
– O que foi? – Sussurra. 
Me levanto e caminho até ela, com as mãos em sua cintura a empurro devagar para trás e a sento na mesa.
– Café da manhã.– Afirmo abrindo as suas pernas pronto para comê-la inteira. Ela sorri.

Karina.

Estou sozinha na lanchonete, todos sairam, quer dizer, quase todos, Ed estava no escritório, estou terminando de limpar as mesas quando ele aparece, fico apreensiva, essa semana estava paga mas se ele quisesse me forçar eu sei que o faria, ele não tinha caráter.
– Vi pelas câmeras que tivemos visita ontem depois de fechados.– Afirma.
– Bem, um homem surgiu e disse que estava faminto, não custava nada vender um lanche e ele pegou certinho.– Dou de ombros.
– Eu percebi, pagou até o seu. A minha questão é, quanto ele pagou para te fazer sentar a mesa e comer com ele? – Pergunta.
– Ele disse que odiava comer sozinho e não fizemos nada demais.– Explico.– Além disso ele veio procurar por você outras vezes, falou que era seu amigo.– Argumento.
– O Rafael não é amigo de ninguém! É uma cobra, igual ou pior que eu e se ele se aproximou de você foi porque estava curioso, queria saber porque eu te dou teto e comida, se aproximou de você porque achou que de alguma forma podia te usar para me derrubar e se ele descobrir sobre o que você faz no auge do prazer, então ele vai te prender, minha sereia. Já Imaginou? Uma mulher que goza pérolas, ele vai ter prazer e dinheiro. Afaste ele de qualquer maneira, você é MINHA! – Diz se aproximando, ele me prende contra a parede, coloca a boca em meu pescoço e o chupa.
– Pra te lembrar que eu sou o seu dono e afastar qualquer um que tente se aproximar, as pérolas são minhas, entendeu? Se eu souber que você está dando elas para outra pessoa faço o que eu disse, uma fila de homens na lanchonete prontos pra te comer.– Conclui me soltando, sorrindo ele vai embora, meud olho enchem de lágrimas e eu corro para o banheiro, olho no espelho, um chupão quase roxo estava ali, a "marca" do meu dono.

Shell GirlWhere stories live. Discover now