Capítulo 03 - Amar não é pecado.

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"O problema é que de tanto transbordar, um dia a gente acaba se afogando."

Rafael.

Chuto a bolsa com dinheiro, ele já foi alguém ao menos humano, agora era só um viciado em dinheiro que queria poder.
Fecho os olhos pensando, ela não sabe quem eu sou, o que eu faço, vou me aproximar dela e se ela é tão importante para o Ed assim eu usar isso ao meu favor, descobro o segredo dela e uso isso ao meu favor, posso talvez acabar com o Ed e ter tudo ao meu poder, sem precisar de um sócio, a garota era a resposta.
Fico no escritório durante o dia, tinha muita mercadoria chegando de uma vez e achar as estradas que não teria polícia era algo complicado, quando olho no relógio fecho tudo, era a hora que a lanchonete fechava, pego as chaves e dessa vez vou sozinho, espero do outro lado da rua, a garota coloca a placa de "fechado" e fica limpando o lugar sozinha, Ed chega minutos depois e diz algo a ela que a segue para os fundos da lanchonete, ficam quase duas horas no escritório com a luz acesa e ele sai primeiro, se passam 20 minutos até que ela saia com a cabeça baixa, então corre em direção a uma lixeira que tinha ali perto e vomita dentro, estaria grávida? Ou..É nojo? Ela passa as mãos no corpo os esfregando como quem tem nojo.
Desço do carro e caminho até ela, que só percebe que estou ao seu lado quando vê minha sombra por causa da luz do poste.
– Boa noite, senhorita.– Digo e ela me olha, – Aqui.– Estico um lenço e ela limpa a boca.
– Obrigada. Você veio ontem, o Ed já foi embora.– Diz dando de ombros.
– Na verdade eu estou morrendo de fome e não acho nenhum lugar aberto para comer, vim na esperança que vocês ainda estivesse abertos.– Digo como quem não quer nada.
– Estamos mas posso abrir uma exceção, minha mãe semore me disse que comida não se nega a ninguém, vem.– Afirma e eu a sigo para dentro da lanchonete.

Karina.

Coloco na mesa em sua frente dois hambúrgueres bem recheados e uma garrafa de refrigerante.
– Mais alguma coisa, senhor? – Indago.
– Senta aqui, odeio comer sozinho, nem faz companhia, come alguma coisa, eu pago, juro.– Diz, vou até a cozinha e faço algo para mim, me sento do outro lado da mesa e começo a comer, com um estranho que mr tratou como uma humana, a muito tempo eu não era tratada como..gente.
– Está muito bom! – Afirma dando uma mordida enorme, parecia que estava com fome mesmo.
– Então..você vai voltar amanhã para falar com Ed? Ele está aqui mais na parte da manhã.– Digo mexendo meu suco de manga.
– Eu já falei com ele, mas posso voltar amanhã para comer mais disso aqui? Está realmente muito bom.– Conclui.
– Claro, ficamos abertos até ás 19:00 da noite.– Dou dr ombros.
– Posso vir depois disso? Não gosto de comer em lugares cheios. como hoje, vazio.– Afirma e me lembro que algimas noites como a de hoje eu tive que..não quero lembrar de mais cedo, dele emcima de mim, sinto vontade de vomitar novamente.
– Pode vir ás 22:00.– Afirmo, era o tempo necessário e eu estava realmente tentada a me tocar todos os dias para conseguir mais pérolas e impedir que aquele homem me tocasse novamente.
– Estarei aqui.– Ele sorri.
– Antes que eu esqueça, me chamo Karina.– Afirmo.
– Eu sei.– Sussurra.
– Sabe? – Indago receosa.
– Está escrito no seu uniforme.– Diz e alivio me toma.– Sou o Rafael.– Ele estende a mão lambusada de ketchup.
– Acho melhor não apertar.– Digo e ele acha graça pegando guardanapos para limpar a mesma.

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