Capítulo 15 - Flores, amor e pudim.

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"O amor é tão doloroso, como podemos desejar a alguém? E o amor é tão essencial, como podemos atrapalhar o progresso dele?"

Rafael.

Abro os olhos pela manhã e a primeira coisa que vejo são fios de cabelo ruivos.
– Bom dia.– A mulher diz sorrindo e se aproximando para me beijar.
– Quem é você? – Indago, sim, eu bebi muito e lembro de algumas coisas mas eu tinha dito a mim mesmo que não sairia com ninguém pelos próximos tempos, eu havia transado com a Karina não tinha nem 24 horas direito e as coisas ficatam estranhas depois disso então resolvi beber um pouco, traze essa ruiva aqui não foi uma decisão consciente, fui um babaca, eu sei.
– Leona.– Diz.
– Ok, Leona. Se levanta, se troca e sai da minha casa.– Afirmo sério.
– Não está falando sério não é? – Indaga.
– Estou, quanto eu te devo? – Pergunto e ela faz uma careta.
– Você é um idiota! – Afirma pegando suas roupas do chão e colocando, abro a carteira e estico algumas notas para ela.
– Não sou prostitura, estúpido! – Diz.
– E pretende ir embora como? Voando? Pega logo e paga um táxi.– Argumento e bufando ela pega o dinheiro, me levanto e coloco uma cueca e as calças, depois sigo ela até a porta oara garantir que ela tivesse ido, assim que tranco a mesma e me viro para ir a cozinha piso em dois pedaços de papéis, me abaixo e os pego, era uma prova da Karina onde ela tirou uma nota perfeita, sorrio orgulhoso mas também lembro o porque daqueles papéis estarem amassados, lembro da cara dela quando entrei em casa ontem com aquela ruiva.
– Porra.– Praguejo indo em direção as escadas e subindo as mesmas.
– KARINA! – Chamo enquanto me aproximava de seu quarto, era bem cedo, eu sei, ela devia estar dormindo.
Empurro a porta e a cama está impecável de arrumada,  as pérolas que ela deixava em uma garrafa ao lado da cama não estavam ali.

– SENHOR RAFAEL! – Chamam do corredor.
– Aqui.– Afirmo e em minutos Eliot entra no quarto. – O que houve? Porque não está com a Karina? Como ela não está aqui, não deveria estar com ela? – Indago.
– Ela fugiu senhor, me enganou no portão e foi embora, tentei alcança-lá mas não consegui.– Diz.
– Ela foi embora? Enlouqueceu? Ela nunca iria me deixar.– Afirmo pegando o celular e ligando para ela, o mesmo chama sem parar.
– Atende! – Peço mentalmente.
Se acontecer algo com ela, se Ed aparecer e aproveitar isso para fazer mal a ela..a culpa é minha, toda minha!
– Traz o meu notebook do escritório, agora! – Afirmo enquanto tentava mais uma vez que ela atendesse, Eliot volta em minutos com o mesmo, eu abro e começo a codificar o código de rastreio do celular dela, ela só tinha que deixar ele ligado, só isso.
Coloco meu celular no alto falante enquanto chama o dela.
– Rafael.– A voz dela ecoa do celular.
– Onde você está, bruxa? – Indago, tinha que manter ela ali só mais alguns minutos.
– Isso não importa.– Afirma.
– Eu vou buscar você e te trazer de volta pra casa.– Digo.
– Não, você não vai e ai não é mais a minha casa.– Argumenta.
– Vamos conversar.– Peço e então o notebook mostra a localização dela, era um terminal rodoviário.
– Tarde demais.– Diz e finaliza a ligação, eu havia conseguido ao menos acha-lá, dessa vez pego minha moto para cortar caminho entre os carros, acelero ao máximo para chegar antes que ela entrasse em algum ônibus.
( ..) Assim que estaciono saio a procura dela pelos ônibus e bancos daquele lugar, era enorme e como procurar agulha no palheiro.
Olho pelo celular a localização, estava se mexendo rápido, ela estava dentro de algum ônibus.

Shell GirlWhere stories live. Discover now