- Você já escolheu o seu, Star?

- Ah, sinceramente eu acho que não vou então nem pensei nisso, ainda.

- Ah qual é, você deveria escolher um. O meu tem que ser rosa, e tem que ser a minha cara - ela diz animada.

- Ah isso eu não tenho dúvida de que tem que ser - eu rio.

Ao chegar na escola nós vimos todos os alunos saindo da quadra da escola. Achei estranho porque hoje não tinha nenhum evento ou jogo de basquete na quadra. Talvez tenha sido só algum anúncio. Eu e Fanny fomos para nossas devidas salas no meio daquela multidão, quando entrei na minha eu senti o clima ficar tenso. Todos estavam com uma cara triste e preocupada, alguns me olharam quando eu entrei e começaram a cochichar. Achei normal, já que sempre que fazem isso é porque estão falando algo de mim.

Passei pelo grupinho de Angela que logo ficaram com cara de medo ao me ver. Eles estavam cheios de machucados.

Fui até minha mesa e olhei a mesa ao lado, estava fazia. Geralmente Ayla sentava ali. A de Finney também estava vazia mas quando olhei para trás vi ele conversando com Robin. Eu sabia que algo tinha acontecido porque os dois estavam desanimados e com uma cara nada boa.

- Bom dia, classe - a professora também chega desanimada e coloca seus livros na mesa.

Todos que estavam em pé rapidamente vão para seus lugares, inclusive finney.

- Finney, aconteceu alguma coisa? - pergunto o olhando - Porque estão todos como se estivessem em um enterro?

- Você não soube? - ele me pergunta um pouco surpreso

- Não soube do que? - perguntei confusa.

- Okay, todos olhem para mim - a professora bate com o apagador no quadro - Acho que todos já sabem oque está acontecendo, e por mais que eu quisesse adiar as aulas e não está no meu poder.

- Com licença - levanto minha mão - Professora, desculpa perguntar mas oque está acontecendo?

- Stella... - ela morde os lábios - É sobre a Ayla...

- Oque tem ela?

Ela levanta cabeça e então toma coragem para dizer:

- A Ayla está desaparecida.

Foi como se uma flecha tivesse atravessado o meu peito. Senti uma sensação estranha na barriga, e meu rosto não teve outra reação a não ser abrir a boca.

- Ela desapareceu desde ontem, eu sinto muito. Eu sei que vocês eram próximas.

Eu não tinha reação, minha sobrancelhas estavam relaxadas mas minha boca ainda estava aberta. Com calma, me levantei da cadeira e peguei minha mochila saindo da sala em seguida.

Eu saí da escola e andei em choque até o fliperama. Os pais de Ayla estavam falando com os polícias. É como reviver o dia da morte da Sophia.
Porque tem que ser assim? Porque todas as coisas que eu gosto precisam ir embora de uma forma ou de outra?

A mãe dela estava com um lenço em seu nariz que escorria e seu olho estava inchado de tanto chorar. O pai de Ayla me vê e calmamente abandona os polícias, vindo até mim.

- Eu...eu - eu simplesmente não sabia oque dizer

O mais velho solta um sorriso de tristeza e se aproxima me abraçando.

- Eu sinto muito - levanto minha cabeça o olhando após sair do abraço. - Eu sinto muito, mesmo. Eu não sabia

Eu não sabia nem se quer oque fazer naquela situação. Por mais que eu negue isso, Ayla foi minha primeira amiga depois da Sophia. E eu perdi mais uma amiga, isso é demais pra uma garota de 13 anos.

𝐈'𝐌 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆 | Robin ArellanoWhere stories live. Discover now