𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐎𝐍 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋

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Le Bal
1

Sons de beijo ecoavam pela biblioteca vazia tarde da noite após o toque de recolher, o sentimento de adrenalina por saberem que podem ser pegos acrescentava um sabor a mais a tudo isso, Duda é colocada sentada em uma das mesas, suas unhas cravam e arranham as costas bronzeadas do Príncipe de Angeles, eles corriam e riam pela sala repleta de livros, Duda brincava que Nathaniel não seria capaz de pega-lá, ela corria do garoto pelo meio das estantes, assim que ele a alcança, os dois caem no chão, Nathaniel por cima de Duda que cai batendo as costas no chão frio, eles estavam rindo como crianças
—quer ir para o baile comigo? -ela perguntou, sem mais nem menos, sem bla bla bla e historinhas, curta e seca, porém com um sorriso risonho o rosto
—achei que você nunca iria perguntar
Nathaniel falou, antes de calar a boca da morena com um delicioso beijo molhado, enquanto estão travados no chão

2

O resto da semana se passou fria e disputativa, Matheo Morningstar iria ao baile com Astoria Grengrass
Astoria era de fato uma garota na qual Duda não se dava bem, Astoria era filha de Lucius Grengrass e Narcisa Grengrass, sementadores do inferno, já conhecidos do Senhor das Trevas, Astoria era uma menina alta e pálida, de longos cabelos lisos pretos que desciam até sua bunda, ela tinha grandes unhas pontiagudas e sardas por todo o rosto e corpo, era uma garota bonita de fato, mas por dentro, era muito feia
Os últimos dias até Sábado, a noite do baile, foram frios, Matheo e Astoria andavam juntos pela Academia como se fossem o novo casal do ano, todos os alunos comentavam sobre, e as garotas roíam as unhas de inveja de Astoria, comentando sobre como ela era sortuda por ter Matheo, eles estavam fazendo uma propaganda de casal perfeito, uma propaganda de Rei e Rainha do Baile, Matheo queria mesmo ganhar a aposta

3

Sábado, a noite do baile.
Duda acordou no palácio frio a qual ela chamava de casa, o grande palácio branco, passou os punhos da mão pelos olhos enquanto se espreguiçava, arrumou o cabelo em um coque frouxo, pôs no corpo seu roupão prateado e desceu as inúmeras escadas, e como eventualmente, a casa estava vazia, apenas com alguns dos criados
—bom dia Dorota -ela falou, se sentando na mesa comprida com cadeiras vazias, enquanto Dorota, sua criada desde que havia nascido e também a coisa mais próxima que Duda já chegou a ter de uma mãe, colocava seu café da manhã na mesa, Dorota e outras duas criadas enchiam a mesa de comidas, dentre elas, panquecas, brownies, frutas, pães, entre outros—Dorota, eu ainda não sei porque a senhora se preocupa em fazer tanta comida todos os dias, sendo que sempre sou só eu, você deveria parar com essa esperança de que algum dia meu pai e irmãos vão voltar
—eu tenho fé Maria -Dorota respondeu—algum dia eles irão voltar, e quando voltarem, receberão em casa um banquete, festejarão e comerão juntos como uma família feliz, está na Bíblia, você verá minha flor, só precisa ter fé
—não entendo como posso ter fé em um homem que nunca apareceu nem sequer para dar um feliz aniversário à própria filha
—não fale assim de seu pai Maria -Dorota chegou perto, passando a mão gordinha pelos cabelos compridos de Sunlight—ele é um homem muito ocupado, ele tem um mundo inteiro para governar, mas eu tenho certeza, que um dia, ele te recompensará por todos esses anos perdidos, só tenha fé
—você é um anjo Dorota
—não, eu não, você que é
—pare de ser besta -Duda riu pela piada da mulher
—ah, antes que eu saia, tenho que te avisar, deixaram uma caixa para você hoje de manhã, Iana colocou em cima de sua cama -ela avisou—e se me permite perguntar, é sobre um garoto especial?
—muito especial Dorota
Nathaniel Archibald

Assim que terminou de comer, subiu as escadas correndo, chegou na porta de seu quarto quase sem ar, abriu a porta e se deu de cara com uma caixa branca com um enorme laço em cima de sua cama, ela correu até a cama, se sentou e colocou a caixa em seu colo, delicadamente soltou o laço e abriu a caixa, se declarando primeiramente com uma carta, abriu e começou a ler