Capítulo 11

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"Sinto tudo tão intensamente,
como uma chama em brasa no meu peito."

•••

Meus olhos arregalados e surpresos são a única reação que consigo ter com o que acabara de ouvir. Já Timothée por outro lado, sai do carro e segura firmemente a gola do coitado do Oliver:

— O que você pensa que está fazendo, ein!?
- Ele grita enfurecido olhando nos olhos do mesmo -

Finalmente consigo realizar alguma ação:

— Timothée! Solta ele! Ele está alcoolizado, e não sabe o que está dizendo!
- Tento abrandar a situação -

Saio do carro.

Timothée com o olhar enfurecido, na qual é pior do que nos meus sonhos, vira o rosto para mim e diz:

— É aí que você se engana, my lady, - A forma como ele diz essa expressão, que sempre fora de carinho, transformou-o em um ser assustador -
quando estamos alcoolizados, somos mais sinceros. Ele está dizendo o que queria dizer há muito tempo, mas não se preocupe, eu vou colocá-lo em seu devido lugar... - Fala em tom alterado -

Eu estava em choque, eu nunca vira Timothée tão possesso de raiva e ciúme, aquilo já era doentio.

— Você enlouqueceu Timothée? Vai se tornar um agressor agora?

— Ele acabou de pedir, para a MINHA mulher voltar com ele, o que você esperava que eu fizesse?!?!

— Eu não sou sua mulher Timothée.
- Minha afirmação o quebra -
Eu não sou posse de ninguém.

Timothée abaixa a cabeça por entre os seus braços, soltando lentamente o Oliver.
Ele olha-me emocionado:

— Mas você disse que me amava.
- Passa as mãos sobre o rosto -

Oliver senta-se na calçada, e logo apaga.

— E eu amo. - Respondo sem hesitar - Mas não quero estar com alguém, que me vê como um objeto de valor, ou posse. - Suspiro -
O amor não é uma prisão Timothée, e sim liberdade.
Eu não quero viver com medo de conversar com um cara porque você vai partir para a agressão!
Você precisa confiar que eu sou capaz de me defender, e que eu escolhi você, está me entendendo?

— Eu entendo, mas... - Suspira cabisbaixo -

— Você está inseguro. - Afirmo - Mas não precisa estar, ok? Eu escolhi você, o destino escolheu você.
Todos os meus caminhos foram direcionados a você.

— Desculpa, eu fui longe demais, eu sei. Eu fico com tanto medo de te perder de novo que...

— Me perder? Eu não vou a lugar nenhum. Viu?
- Abro os braços -

— É que, nos sonhos, - Pausa - eu vi você desaparecer no mar...
Foi horrível, por isso, eu tenho medo de que isso aconteça aqui, na vida real...

Eu o olho surpresa e intrigada

— Isso é curiosamente estranho. Porque no meu caso, você, que morreu nos meus braços depois de levar um tiro...

Olhos de Esmeralda Where stories live. Discover now