Capítulo 17

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Somos fragmentos em meio a poeira do universo.

•••

A água quente caindo sobre meu corpo...
Os pássaros cantando...
O vento soprando...
Nada parecia ser real.
O banho matinal depois de dias tão intensos parecia...
Um oásis no deserto.
Apesar de ser uma linda manhã, minha mente insistia em recordar sobre o passado.
Sobre tudo o que ocorrera naquela noite.
E com todas as coisas que aconteceu, não pude conversar com calma com o Timothée,
e saber como ele sente-se a respeito de tudo.
Como será que ele está?

~Timothée Chalamet ~

— Mexido. - Digo para Zendaya, enquanto Tom está com a frigideira no fogo -

— Aqui está, seus ovos mexidos. - Diz Tom estendendo o prato com os ovos -

— Valeu cara. - Sorrio meio forçado -

— Que humor ein! - Daya ri, e Tom ri juntamente -

Reviro os olhos

— O que aconteceu? - Tom questiona -

— Sim, e porque a Ray não está aqui? - Questiona Daya - Era para ser um encontro caseiro, em casais.

Bufo

— As coisas estão... - Suspiro desanimado,
deitando a cabeça sobre meus braços, que estão sobre o balcão -

— Ihhh, lá vêm problema. - Tom faz aquela cara, de quando sabe que tem história vindo -

*Conto os detalhes e fatos dos últimos dias*

— Não vejo o porquê de tanto alarde.
Apesar de entender o que sente. - Diz Daya -

— Eu entendo o que você quer dizer.

Daya e Tom se entreolham, como uma batalha silenciosa, seus olhares entram em conflito divergência de opiniões.

— O que eu faço? - Questiono angustiado, ignorando a batalha visual entre eles -

Daya vira o olhar para minha direção e diz:

— Seja paciente.
Ela está com a cabeça cheia.
Precisa de espaço e tempo para pensar.
Quando ela estiver pronta,
irá te chamar para conversar.
Tenho certeza disso.

Daya coloca a mão sobre meu ombro

— Sim. - Tom concorda - Se você for até ela com mais coisas para preocupa-la, pode desencadear uma briga desnecessária.
Pessoas estressadas, não são ideais para conversar... - Acrescenta -

— Finalmente, falou algo que preste. - Daya diz, com certa ironia em sua voz -

Tom a fuzila com o olhar

Talvez eles estejam certos, mas...

Ao vê-la completamente desnorteada com a presença daquele sujeito, senti-me estranho e confuso.
Ao vê-la sendo abraçada pelo mesmo, senti-me incomodado.
Mas ao ouvir que aquele sujeito era seu ex-namorado,
Senti ira.
Não pelo fato dela não ter me contado a respeito dele com todos os detalhes.
Embora isso também tenha-me incomodado.
Mas porque claramente, aquela situação ao meu ver, a feria.
Seus olhos diziam,
além de sua expressão envergonhada,
e seu corpo inquieto.
E também, inevitavelmente, aquela era uma situação constrangedora.
A simpatia daquele cara, e sua aparência física bem encorpada dele;
Fez com que, de certa forma, eu sentisse-me inseguro.
É estranho eu sei, pois, se ela escolheu-me, porque eu deveria ter medo?
Mas tudo o que eu sentia se resumia naquilo:
Medo.
Tentei controlar-me, mas meus impulsos para mostrar que estou à altura de uma mulher tão incrível quanto ela, foram mais altos.

Olhos de Esmeralda Where stories live. Discover now