03. Le test des frères de cœur

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- Você tem certeza que consegue enxergar a pista? - Bruno perguntou fazendo Clarice revirar os olhos. Não era a primeira vez que ouvia tal piada e sabia que não seria a última.

- É o que vamos descobrir agora, - Clara disse com um sorriso antes de entrar no carro.

Por um momento Bruno não sabia dizer se a menor estava falando sério ou era apenas uma brincadeira. De qualquer forma não pretendia morrer de acidente de carro depois de quase um ano sobrevivendo a uma pandemia.

- Você sabe mesmo dirigir, não sabe?

- É claro que sei, palhaço - Clara fez questão de tirar sua CNH do bolso. - A Val até me lembrou de trazer a carteira comigo. Só confia.

- Sei não, hein. Achei muito suspeito ela não querer vir junto.

- Ela está ocupada demais preparando o almoço de hoje, - Clara comentou dando partida no veículo. - Aparentemente ela não sabe o significado de fazer algo simples e me acordou às cinco da madrugada para discutir qual seria o menu. O mercado nem tinha aberto e nós já estávamos lá esperando para comprar "ingredientes frescos".

Bruno nem se surpreendeu com o comentário. Esse era o modus operandi de sua irmã de alma toda vez que está prestes a conhecer alguém que quer causar uma boa impressão e cozinhando é a forma que se sente mais segura para tal. E a conhecendo bem, com certeza esperava conseguir a aprovação dos amigos mais próximos de sua namorada, ou seja, não aceitaria nada que não fosse a perfeição.

Degustar essa "perfeição" é sempre uma experiência única. Sem dúvidas Valquíria carregava consigo as três estrelas Michelin consigo, no entanto, o processo da criação da sua perfeição gastronômica nem sempre é algo agradável de acompanhar; ele pode te acordar às cinco da manhã ou te fazer ir ao mercado antes mesmo que ele esteja aberto.

- Você não está brava com isso?

Essa não era uma pergunta qualquer. Bruno pouco se interessava saber se Clarice estava brava por ter sido levantada da cama logo cedo pela manhã, ele sabe muito bem como sua irmã de alma poderia lhe tirar do sério com suas obsessões "desnecessárias" ... ou menos para os outros, não para ela. Para a francesa suas "obsessões" eram necessárias e deveriam ser levadas muito a sério.

- Por ter sido acordada? - Clara estalou a língua. - Naaaah, não posso dizer que fiquei feliiiz, eu não gosto que me acordem e isso não é novidade para ninguém. Meu sono é algo sagrado. Mas... não posso dizer que fiquei braaaava com isso. Até porquê enquanto a Val estava falando na minha cabeça do almoço eu estava aproveitando meu café da manhã na cama, então não tenho nem o que reclamar.

- Você não enjoa de tomar esse leite todos os dias?

- Você se enjoa de beber vinho?

- Claro que não, vinho é maravilhoso.

- Exatamente.

Bruno se deu por vencido. Não seria ele quem iria se aprofundar no assunto, até porque no fim estariam falando dos seios de sua irmã e isso era desagradável e repugnante aos seus ouvidos.

- É muito longe o escritório desse seu amigo?

- Mais perto que ir até a casa dele. E eu posso ter crescido na mesma rua, mas não saberia ir até lá dirigindo.

- Vocês moravam na mesma rua?

- É o Theo, Bruno. Você conheceu ele aquela noite na casa da Val.

Bruno demorou alguns segundos para ligar os pontos em sua cabeça. - Aaaah, esse Theo. Eu não tinha percebido. No link que você me mandou estava Theodore.

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