ever after high (Dingy)

cap 19

- funcionou...? - Raven perguntou confusa olhando para os lados
- ah droga! Precisamos encontra-la!

- mas Raven... - Apple colocou um mapa que continham todos os reinos existentes dos contos de fadas fazendo a amiga de madeixas roxas se assustar um pouco pela quantidade de terras que existiam
- olha... é impossível tentar procurar ela por todos esses reinos, a única coisa que podemos fazer é olhar nos mais próximos, e se ela não estiver lá, só nos resta esperar. - Apple foi sincera com a amiga

- é tudo culpa minha. - Raven mantinha a cabeça baixa olhando para o mapa
- se eu tivesse prestado mais atenção isso na-

- é, tem razão Raven. - Faybelle indagou
- é tudo culpa sua. Mas o estrago já foi feito, agora não adianta ficar se lamentando. Não temos muito o que fazer, apenas esperar que ela, de alguma forma, apareça.

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Dingy acordou no meio de uma floresta escura e vazia, não sabia se era de dia ou de noite, apenas que estava sozinha. Tudo ali parecia extremamente estranho, a forma em como era calma demais e não tinha som algum vindo dela ou como se sentia observada pela plantas ou ate mesmo os passos que dava, que pareciam se tornar mais altos a cada pisada no chão. Já andava a um bom tempo, na percepção de Dingy, se andasse em linha reta, chegaria em algum lugar. Na percepção dela pelo menos.

Andava arrastando o próprio corpo para que pudesse se locomover, sentia o corpo todo quebrado e uma dor cansada a cada passo, mas não se incomodava, a dor ate que era um pouco reconfortante. Se sentia emotiva, uma sensação misturando todos os sentimentos existentes, mas o que predominava era culpa. Culpa por odiar a mulher que lhe deu a vida. Culpa por nunca ter tentado entender outra situação além da sua. E principalmente: culpa por, mesmo sabendo o por que de tudo, ainda não conseguir perdoar a sua mãe. Havia uma vontade de rir misturada com choro dentro de seu peito. Se sentia cheia, tão cheia que, se pudesse, gritaria ate não ter voz. As vezes parava um pouco e espremia á cabeça com as mãos, pedindo dolorosamente para sí mesma que ficasse sã só mais um pouco.
S

e encostou no tronco de uma árvore lisa, deslizando para baixo vagarosamente. Se sentia cansada e parecia entrar cada vez mais dentro da floresta. Não sairia dali nunca? O clima parecia quente, mas a morena não sentiria, sua pele estava gelada. Suspirou cansada antes de se assustar com passos saindo de dentro da mata e logo depois uma silhueta de um sorriso. Fechou os olhos fingindo não ter visto nada, quando abriu se deparou com um gato de pelos extremamente brancos e olhos vermelhos que brilhavam olhando para você. O gato sem mais nem menos se deitou no colo de Dingy, a pele gélida da menina entrou em contato com o animal que começou a se remexer no colo dela pedindo mais daquele contato geladinho. A menina riu um pouco, o medo já havia se dissipado de sua mente e ela acariciava o gato, abraçando-o e até mesmo beijando o topo de sua cabeça

- você também está perdido, fofinho? - ela perguntou com um olhar sorridente acariciando a cabeça do animal

- não, e você, está?

A menina travou no lugar, piscou algumas vezes tentando recuperar o juízo que parecia que tinha perdido. O gato estava atento a cada detalhe dela.

- c-como?

- perguntei se está perdida, você é surda? Ficar por aqui deve estar fazendo você ficar um pouco fora de sí.

Em um piscar de olhos, o gato se transformou em um garoto de pele clara e cabelos albinos, os marcantes olhos vermelhos se mostravam presentes, mas ele ainda estava em cima de Dingy, dando para perceber que era um pouco mais alto que ela. A menina engoliu seco deslizando os olhos para cima vendo o garoto a olhar ainda concentrado em reparar todos os seus detalhes. Se não fosse pelos joelhos do menino de cabelos brancos, ele estaria sentado em cima dela. Ao perceber que nem uma resposta sairia da boca da morena, ele deu um sorriso evidenciando suas presas e e desaparecendo como o gato de cheshire.