cap 11

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Dingy estava sentada na poltrona do seu quarto que ficava na janela do lugar. Tinha um livro em mãos no qual ela lia fielmente a vários dias, querendo realmente saber sobre aquela história. Era bom saber sobre algo do país das Maravilhas. E era exatamente o que ela fazia com o livro de Alice no país das Maravilhas. Tinha no corpo bons e quentes cobertores, a unica janela do cômodo estava bem fechada e a lareira brulhava em lenha sendo queimada. O sangue em seu corpo era quente, assim como ela inteira, então os cobertores a esquentavam bem do frio intenso que o castelo de sua tia fazia. Um criado bateu gentilmente na porta avisando que a irmã de sua mãe a chamava em seu escritório, o mesmo onde a mulher costumava a resolver seus asuntos do castelo. Ela não demorou a se arrumar adequadamente e ir de encontro a mulher.

— pois não, Freya — Dingy apareceu diante  da porta, pedindo passagem para entrar

— eu prefiro quando me chama de tia — a mulher sorriu dócil para a garota
— entre querida — ela se acolchoou na cadeira, enquanto a morena se punha diante dela, se sentando também. Na mesa diante das duas, estava um livro de capa grossa e muitas páginas. Era consideravelmente grande, porém não tinha título ou escrivura na cala, mas sim alguns detalhes em dourado e um pequeno espelho roxo grudado na frente.

— o que é esse livro? Não se parece com nenhum no qual eu já tenha visto — Dingy indagou curiosa em relação a ele

—  este aqui é o livro das lendas, o livro onde carrega todos os nomes dos personagens dos contos de fadas — ela disse simples

—  mas isso não deveria estar na escola dos contos de fadas?

— sim, mas você sabe bem que a Rainha Má o roubou — Freya suspirou cansada
— ela o deixou comigo, logo eu irei jogá-lo no país das maravilhas — disse a mulher sem mais delongas, a menina estava prestes a rebater sobre estarem conversando algo que ela não queria se aprofundar, mas a mais velha a interrompeu

— Dingy, não estamos falando da sua mãe, estamos falando da Rainha Má, você sabe disso.

— mas... oque eu tenho a ver com tudo isso? Eu nem sequer tenho legado. O meu irmão será o Rei Bom, e já tem a minha irmã como futura rainha má. Eu realmente não sei por que tudo isso

—  é, você não tem, acontece que sua irmã se recusou a assinar o livro, o livro falso, é claro

—  isso pode acontecer? Ela não pode simplismente desistir do destino dela assim, ou pode?

- de jeito nem um. Tentei conversar com ela sobre isso, mas ela apenas disse que quer escrever sua própria história, eu não a julgo, até porque, seu destino não é nada agradável, mas eu não acho que o Conselho vá aceitar isso. — diz por fim, cansada. Ela pegou o livro em mãos, o abriu em uma das várias páginas e olhou um pouco aflita para Dingy. Hesitou em entregar o livro a ela
— essa é a minha história

Nele contava a história de uma mulher... não não, espere aí, vamos contar esse conto de fadas não tão mágico da forma certa.

Era uma vez uma dócil e alegre mulher vinda de uma linhagem especial. Embora tivesse uma irmã não muito boa, na qual já havia destruído reinos, reis e pessoas, sempre teve todo o amor que precisou dela. Era feliz e sonhava em se apaixonar por seu grande príncipe encantado, mas sua irmã não se agradava nada com esse pensamento. As mulheres dessa família nasceram para conquistar o poder de reis gananciosos nos quais já haviam feito muitas pessoas sofrerem, e se apaixonar por seja lá quem fosse não estava nos planos. Mas ela se apaixonou. Amou até não ter mais forças para amar, e isso acatou em uma linda filha, que, mesmo bebê, foi sujeita a queimar até virar cinzas pela pessoa que mais amou e guardou em seu coração. Aquilo fez com que aquilo que batia em seu peito virasse uma pedra de gelo, incapaz de amar outro ser vivo mais uma vez, seu poder, até pouco tempo, despertou. Ela o matou. Matou aquele que um dia mais amou. O transformou em uma pedra de gelo e depois em apenas nada. Apartir daquele dia, ela lá se tornou uma mulher fria e cruel.
Retirando-se para um reino ao norte e criando um exército de caçadores para serem seus protetores, ela pegou apenas crianças que ainda não sabiam o que era de apaixonar por alguém. Dotada de poderes capazes de congelar seus inimigos, a mulher ensinou aos seus jovens soldados a nunca se apaixonarem. Mas a Rainha, mesmo que fria da forma que era, ainda tinha amor escondido no seu coração, dois de seus soldados desobedeceram a regra mais importante de nunca se apaixonarem por ninguém, então ela os caçou, não suportava mais ser traída por aqueles que confiou um dia. Não. De novo não. Iria atrás deles mesmo que o inferno congelasse. Iria matá-los. Em meio a esse processo, Freya descobriu uma das coisas mais tenebrosas de sua vida, o culpado de matar sua filha fora sua irmã mais velha. Seu coração de gelo se trincou por completo, e querendo vingança contra a pessoa que tinha o seu sangue, ela se junta aos seus dois soldados rebeldes contra sua irmã,  a mais nova rainha Má. No fim de tudo, ela estava lá, no chão, sangrando rumo a sua morte.
Bem... ao menos os dois caçadores viveram felizes para sempre.

ever after high (Dingy)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora