9. Novas amizades

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Notas: Olá galerinha!

Por favor, comentem! É muito bom/importante saber o que vocês estão achando.

Espero que vocês tenham uma boa leitura <3

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O castelo inteiro estava entrando em colapso. Haviam murmurinhos de que Alana teria sido transformada em algum monstro. Algumas serviçais se afastaram da garota com medo de serem devoradas ou até mesmo de se contaminarem. Aquilo estava entristecendo a jovem.

Alana passou dois dias, trancada, no próprio quarto e só abria a porta quando alguma serviçal trazia a comida dela que também havia mudado. A jovem não comia mais tortas ou bolos, agora a fome dela era de carne e sangue. Aquela mudança havia afetado ela, e mais do que ela mesma esperava.

─ Alana? Pode me deixar entrar? Eu queria conversar com você. - Era Daniela.

─ Vai embora! - A jovem bufou.

─ Alana, você sabe que eu posso derrubar essa porta. - Daniela, que estava encostada na porta, caiu quando Alana destrancou e abriu a mesma. ─ Precisava disso? - Alana segurou para não rir, pois, naquele momento ela não estava com disposição para brincadeiras.

─ O que você quer aqui? - Alana viu Daniela fechar e trancar a porta.

─ Conversar. Eu sei como se sente.

─ Não, Daniela, você não sabe. Todas neste castelo estão correndo de mim, estão cochichando e me olhando com nojo.

─ E como pensa que elas me vêm? Elas não me tratam assim por medo, mas eu sei que nas minhas costas elas fazem o mesmo. - Daniela abaixou a cabeça. ─ É por isso que precisamos fazer eles terem medo de nós, ou nunca seremos devidamente respeitadas.

─ Eu sinto muito... - Alana percebeu que os olhos de Daniela começaram a marejar.

─ Todos agem assim conosco. A reação da sua irmã... Não só ela, todos os humanos. Para eles somos monstros e aberrações. Mas o que eu realmente queria era só poder sair do castelo, me aproximar de outras jovens e conversar sem elas fugirem. Não podemos ir para os bailes, como aquele que você estava, por sempre sermos rejeitadas. Mamãe é respeitada nesses eventos, mas nesses lugares eles não aceitam a nossa presença.

─ Pensei que gostasse. Que sentia satisfação em dilacerar alguém...

─ Eu gosto! É da nossa natureza... Ainda mais homens, eu adoro ouvir eles implorando para morrer!

─ Dani... - Ela sorriu meio sem jeito, mostrando as presas e aquilo fez Alana rir.

─ Eu não gosto desse tratamento. As pessoas sempre vão nos olhar assim, não importa o quão legais nós sejamos. Fizemos um belo banquete para a sua família, fomos gentis e até comemos com vocês. O que recebemos em troca? Xingamentos, gritaria e acusações.

─ O medo causa isso. Rachel é sim uma pessoa receosa, mas às vezes ela passa dos limites.

─ Eu gostei do Pietro, mas tenho certeza que ele nunca mais voltará aqui. Nunca somos bem-vindas, só quando mãe Miranda está por perto. As pessoas vêm ela como salvadora, uma entidade que os protege... Mas eu não. Eu tenho algumas lembranças da minha "antiga vida" - Daniela faz os sinais de aspas com a mão ─ Eu morava em uma casa, um pouco afastada do castelo. Nós acendíamos uma fogueira, toda noite, e dançávamos em volta dela. Assavamos carnes, contávamos grandes historias... Éramos felizes lá fora.

Meu Único Diamante - (Lady Dimitrescu)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora