Capítulo 21

173 15 2
                                    

Autora on:

Ayla não sabe dizer exatamente quando adormeceu nos braços de Darlan, enquanto ele voava rapidamente de volta para a pensão, mas ela acordou de volta ao quarto, deitada em sua cama.

Ela estava vestida com uma camisa grande demais para ser sua, branca, sabia que era de Darlan.

Ela sentiu seu coração gelar ao notar que não vestia nada além de sua roupa íntima de baixo e a camisa e sentiu seu rosto corar ao pensar que talvez Darlan tivesse visto ela nua.

Estava coberta com um lençol fino e fez menção de se levantar, mas o som da porta abrindo a fez fechar os olhos novamente, não queria encarar aqueles olhos de novo, não por agora, estava com vergonha.

Ele colocou a bandeja em cima da mesinha que tinha ali e olhou para Ayla, não notando que ela não dormia mais.

Ele agradeceu por isso, não queria que ela visse o quanto ele tinha ficado perturbado por vê-la desacordada em seus braços ou ouvisse seu coração batendo forte no peito.

Assim que chegou no quarto ele a deitou com cuidado na cama, decidindo procurar ervas para o veneno, mas precisava estabilizar ela.

Usando um feitiço antigo, mas básico, ele impediu que o veneno se espalhasse, assim saiu para a vila, tentando achar alguma curandeira, levando uma amostra do sangue de Ayla com o veneno.

Após meia hora, ele achou uma, uma idosa que morava em uma casa modesta.

Darlan ofereceu moedas a ela, quantas ela quisesse para ajudar, mas a idosa disse que não era esforço algum descobrir um veneno.

Ela disse exatamente as ervas que ele iria precisar e disse onde encontrar, o veneno era comum, mas podia ser fatal se não tratado logo.

Dez minutos depois ele estava de volta a pensão, com as ervas na mão e algumas coisas que precisaria.

Amassou as ervas e misturou com um pouco de água, colocando em cima do ferimento e dentro da boca de Ayla, ele agradeceu quando viu ela engolir e pouco a pouco o veneno sumindo.

O alívio foi momentâneo e o seu suspiro foi alto.

Logo ela acordaria.

Darlan pegou uma de suas camisas e passou pela cabeça dela, cobrindo seu corpo antes de dar dois toques no sifão que ficava no centro do peito da fêmea, fazendo sua armadura sumir, ele cobriu ela com o fino cobertor e após tomar um banho demorado, tirando a sujeira e o sangue de seu corpo, ele arrastou uma poltrona para perto da cama e sentou, esperando pacientemente ela acordar.

Ficou ali até o anoitecer e saiu apenas para buscar o jantar, deixando-o em cima da mesinha.

Darlan se aproxima da cama, vendo Ayla na mesma posição que a deixou.

Deitada de barriga pra cima, as mãos ao lado do corpo.

Não ouviu o coração acelerado dela quando ele se inclinou sobre seu corpo e segurou o cobertor, cobrindo-a até os ombros.

Também não ouviu o coração dela martelando no peito, ou viu o arrepio da fêmea quando seus dedos tocaram a testa dela, checando a temperatura.

Darlan suspirou baixinho, aliviado por ela não estar com febre.

Ele caminhou para a mesinha, dando as costas para Ayla.

Ela abriu os olhos, olhando para ele, sua postura estava tensa e ele passou a mão pelo rosto.

Ela não era tão burra.

Viu quando ele suspirou aliviado ao tocar sua testa, viu como ele cuidou dela, a prova disso era seu machucado que não doía mais.

Corte de Culpa e Indecisões (2)Where stories live. Discover now