Meu Arrogante Gostoso

Capítulo 13.

Natanael Ricci

Fazia algum tempo que não me sentia tão preocupado, meu peito está com um aperto e sinto cheiro de perigo no ar.
Elisa não dá sinal desde as 19 horas da noite, agora são quase 2 horas da manhã.
Não quero demonstrar minha preocupação, para ninguém insinuar nada.

Por quase qualquer funcionário de empresa eu ficaria preocupado, eu acho.

Não se faz Natanael, você não ficaria preocupado com ninguém.

Tenho que concordar, não sei porquê quero justificar algo.

Estou ficando doido.

Gabriela está aqui, desesperada, andando de um lado para outro.

- Assim não vai resolver nada, você precisa se acalmar. - digo.

Cadê o filho da puta do Miguel pra acalmar essa garota?

Ela começa a chorar.
Mas ela nem sabe o que aconteceu.
Como que consola uma pessoa chorando?

Realmente não sei o que fazer

- Vai ficar tudo bem. - digo e dou uns tapinhas nas costas dela.

Caralho, eu sou muito ruim nisso.

Miguel entra faz uma cara de desaprovação e tenta sair de novo.

Vou até a porta e seguro ele pelo braço...

- O que você acha que tá acontecendo aqui? - pergunto ainda segurando o braço dele.

- Que você está comendo outra pessoa que eu gosto? - Ele diz e tenta soltar seu braço.

Porra cara, ele não superou isso ainda.

- A Elisa não dá sinal de vida desde as 19h da noite e você está preocupado com isso? Porra Miguel, cresce! - Digo e solto o braço dele.

- Meu Deus, ela foi pra onde? - pergunta.

No mesmo instante, vou para dentro do apartamento, coloco uma camisa e pego a chave do carro.

- Onde você vai? - pergunta Gabriela.

- Vou na sua casa ver se Elisa está lá. - digo.

- Vamos com você. - Miguel diz e olha para Gabriela. - Vamos?

Gabriela faz que sim com a cabeça e coloca um casaco.

Estou dirigindo a quase cem por hora, mesmo que não seja tão longe a casa de Gabriela, não posso me precipitar, Elisa pode estar até dormindo.

Chegamos na frente do apartamento e freio tão bruscamente o carro que dá um barulho extremamente alto, se tivesse alguém na rua, certeza que iriam olhar apavorados.

Nem espero Miguel e Gabriela, entro direto e vou até o apartamento que é no terceiro andar. Subo as escadas em segundos, chego até a porta e está aberta, reviso todo o apartamento até perceber que ela não está aqui.

Gabriela e Miguel chegam ao apartamento minutos depois da minha frustrada procura.

- Mas que merda de casa ela poderia ter ido? Porra! - dou um soco na porta e ela todo se estremece.

O celular de Gabriela toca, ela arregala os olhos e atende no mesmo instante.

Ela demora um pouco para falar, só escuta.

- Elisa, onde você está?

Da alguns segundos e ouço o telefone desligar.
Gabriela olha para o nada como se estivesse assimilando o que está acontecendo.