Capítulo 3.

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Elisa Machado

3 dias se passaram e apesar de Jordan não reaparecer, tem me ligado diversas vezes por dia. Sempre fala a mesma coisa.
Me perdoe. Eu te amo.
Me sinto um pouco culpada por sentir um certo alívio por não ter o visto mais, apesar de ainda ama-lo.

Estava lendo e-books pela internet e recebo outra ligação de Jordan... Resolvo atender.

— Oi Jordan. — digo sem nenhuma reação.

— Oi amor. Me perdoe, não posso viver longe de você, do fundo do meu coração, me perdoe pelo o que eu fiz, ou te tratei de alguma forma errada. Eu sei que estou errado. Mas estou totalmente arrependido... — diz com voz manhosa.

— Não vou negar, jordan. Também sinto sua falta, depois de 8 anos ficar sem você, é bem estranho, eu te amo, mas ainda preciso de tempo. — Faço uma pausa — Tempo, para assimilar tudo o que aconteceu pois eu não esperava por isso. Na verdade acho que nem você esperava, mas você fez. Cada ato há uma consequência, então você vai ter que me dar mais um tempo. — digo com olhos marejados e soltando a respiração que nem sabia que estava prendendo.

— Apesar de não te-la por perto ainda, é muito bom saber que você me ama. Amor! — diz empolgado.

— Tenho que desligar agora, tchau. — digo já desligando.

Apesar de ser difícil, não posso negar que Jordan pareceu realmente arrependido. Isso deixa meu coração mais leve, ainda estou assimilando o que aconteceu, não posso dizer que não vou mais voltar para ele, pois ele ainda é meu marido, eu ainda o amo, eu acho...

Cheguei na empresa mais cedo hoje, estou na minha sala revisando e assinando contratos, quando Miguel entra.

— Olá, senhorita... Machado! — diz colocando a mão para frente para me cumprimentar.

— Olá, senhor Ricci. O que seria? — digo cumprimentando de volta.

— Que isso, me chame de Miguel, até por que o chato do meu irmão também é Ricci. — diz revirando os olhos.

Apesar de concordar, apenas dou uma risadinha forçada, não posso falar mal do meu chefe não na frente do irmão dele.

Não tem do que falar mal, ele é um gostoso e isso supera todas as coisas.
Meu subconsciente fala.

Digamos que eu concorde um só pouquinho com ele, mas bem pouquinho.

— Então, vim aqui porque meu irmão pediu, ele disse para você ligar para empresa chinesa e marcar uma reunião amanhã, as 18h. — faz uma pausa — sim, eu sei que isso não é horário de trabalho, tentei falar com ele sobre isso mas ele é chato pra cacete e teimoso, então ele irá aumentar o salário de todos que precisarão ficar.

— Claro, pode deixar eu ligo sim! — falo pegando o telefone.

— Ok, vou te deixar sozinha para fazer a ligação. — Miguel fala saindo e mandando beijo pro ar.

Miguel é uma figura, totalmente oposto do irmão.

[...]

Depois de ter que convencer eles para a reunião de amanhã consegui, digamos que eu tenha uma lábia para convencer as pessoas.
Como hoje vim de táxi e Gabriela vai ficar até mais tarde, vou para rua para pedir um táxi.
Como as ruas de São Paulo estão sempre movimentadas, foi um sacrifício para achar um táxi, entro no táxi e no mesmo instante entra um homem também, não muito estranho para mim. ele tem os olhos puxados, vestindo um terno. E lembro que já avistei ele na empresa.

— Desculpe-me. — o moço diz, fazendo menção de sair.

— Está tão difícil de achar um táxi, fique aí. Vemos qual dos dois tem o destino mais perto... — digo com um sorriso simpático.

Meu Arrogante GostosoWhere stories live. Discover now