Capítulo 8.

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Elisa Machado

Eu e Gabriela tivemos que acordar super cedo hoje. Agora estamos aqui arrumando as coisas para voltar para casa.

- Não acha que natanael está afim de você? - Gabriela me questiona.

- Que? Óbvio que não, você não viu como ele me trata? É óbvio que não me suporta, assim como eu não suporto ele. - digo indignada.

- Calma garota - ela diz - só fiz uma pergunta, pois o jeito que ele anda te olhan....

- Nada haver, isso é coisa da sua cabeça. - murmuro, sem deixar ela terminar.

Não ah nenhuma possibilidade, eu não sei o que aconteceu na noite em que bebi, mas não vai acontecer de novo.
Natanael é o típico homem que não dá nem para conviver. Imagino se ele fosse casado... Coitada da mulher dele, eu não iria querer ser ela.
Outra que ele deve ser super mulherengo, nunca assumiu ninguém na família. A vida toda dele é exposta na internet e nas revistas, não tem como não saber...

- Finalmente! Por que você trouxe tanta roupa? - pergunto, terminando de fechar a mala de Gabriela. Sim, uma mala.

- Eu mal trouxe roupa, acabei comprando aqui, você sabe como é, as lojas me chamam. - Se explica, gesticulando com as mãos.

- Precisava comprar uma mala?

- SIM.

Dou risada da sua audácia.

- Vamos descer, quero dormir antes de trabalhar. - Gabriela diz, revirando os olhos.

- Vamos, quero chegar em casa logo! - digo em tom cansativo.

Gabriela vai na frente carregando a mala gigante dela e eu vou logo atrás.

- Eu não acredito nisso! - Gabriela enuncia, apavorada.

- O que acontec... - paraliso ao ver os peneus do meu carro, cada um com uma estaca gigante e o vidro da frente todos estilhaçados.

- Quem foi o desgraçado que fez isso? - Gabriela questiona, colocando as mãos na boca em forma de pavor.

Minha respiração começa a ficar pesada, sinto uma dor nas vistas juntamente com um enjôo.
Acabo me desequilibrando. No instante em que vou cair, sinto mãos fortes me segurarem... O toque dele nas minhas costas me dá o maior arrepio, mas eu não admitiria isso em voz alta.

- Tudo bem, elisa? - Natanael pergunta, em tom de preocupação.

Apenas assinto com a cabeça e me levanto.
Natanael continua segurando minha mão, até perceber e soltar no mesmo instante.

Não fiquei mal somente por conta do carro em si, mas pelo fato de terem estragado o que me restava de lembranças do meu pai...

- Vocês podem vir no meu carro. Largo vocês em casa, depois pedimos para um guincho vir buscar seu carro. - Natanael propôs.

Penso imediatamente em recusar, mas não teria outra opção a não ser ônibus, demoraria o dobro do tempo para chegar e ainda chegaria atrasada no trabalho.

- Eu topo, de boa e você amiga? - Gabriela pergunta.

- Tá, pode ser. - digo sem muita animação.

Natanael anda em direção ao seu carro que é muito bonito por sinal. Um skyline R34 e que carro!!!

Fico mais desanimada ainda pelas lembranças que meu pai me causa, um homem com o coração tão bom...

Antes...

- Pai! Os médicos disseram que não sabem como o senhor está em pé. Você é forte, tenho certeza! - digo tentando animar ele.

Meu Arrogante GostosoWhere stories live. Discover now