Sem querer, fiz uma careta.

— Bom, então vocês queriam ouvir que estão desculpadas, não é isso? — eu finalmente consegui me pronunciar. — Se eu disser, vocês vão embora?

Li encolheu os ombros. Será que ela estava pensando que nós teríamos algum tipo de amizade depois de ela vir me pedir desculpas?

— Eu prometo que te deixaremos em paz. — a sua voz saiu quase como um sussurro. — Mas, por favor, me deixe terminar de falar!

Olhei para os meus amigos, que estavam um de cada lado meu. Eles estavam atentos na fala da menina de cabelos pretos e olhos puxados. Também voltei o meu olhar à ela.

— Pois bem. Continue.

Ela ajeitou a sua postura antes de continuar a sua fala.

— Achamos que seria conveniente para você saber que a Ambre é apenas um fantoche da Debrah, logo, faz tudo o que ela manda. Mas, parte dos planos que a Debrah já executou contra você, partiram da Ambre, como, por exemplo, o dia em que te cercamos na porta da escola… — ela se referia ao dia em que quase me bateram na saída do colégio. Eu fiquei calada, apenas ouvindo. — Não era a nossa intenção fazer aquilo, eu juro, mas a Ambre tinha segredos confidenciais nossos que ela usava para nos chantagear e conseguir o que queria com a gente. Por isso topamos te bater. Foi loucura, mas meio que não tínhamos muita opção: ou fazíamos, ou ela manchava a nossa reputação.

É, a Ambre era bem desse tipo mesmo, eu só não imaginava que ela fosse capaz de fazer algo assim com pessoas próximas a ela. Voltando à fala da Li…

— Mas eu e a Charlotte juramos nos afastar dela assim que acabasse esse ano, já que vamos nos formar, então não precisaremos a encontrar todos os dias mais. Só que, com essa história de pichação de muro… Nós achamos que ela foi longe demais. Primeiro que ela quebrou uma regra ética interna nossa: nunca omitir casos extremos; e ela omitiu não contando a verdade do muro para a diretora, então decidimos nos afastar o quanto antes. Mas, para isso, nós precisávamos de um plano.

E foi assim que essa história de plano foi desenterrada. Eu já tinha ido longe demais com isso? Sim, é claro! Mas nesse ponto eu já estava tão fudida… Que o mínimo seria ouvir o plano que as meninas tinham bolado. Confesso que eu estava curiosa sobre, também.

Se a Ambre realmente fez aquilo que a Li disse, eu arrisco dizer que ela e Charlotte fizeram o certo se afastando. Só que, além disso, elas queriam dar uma punição para a ex-amiga, e isso me deixou intrigada. Afinal, por que estavam contando essa parte para mim e os meus amigos? Só tinha uma explicação, na minha cabeça: queriam a nossa ajuda para executar.

— E que plano é esse? — perguntei.

— Então. — ela limpou a garganta levemente antes de continuar falando. — Acontece que ele envolve vocês, mas vocês não precisarão fazer nada, apenas assistir.

Não falei? Eu e meus amigos nos entreolhamos, desconfiados.

— O que foi que vocês planejaram? — a Rosa bateu na mesma tecla que eu tinha batido segundos atrás. Li e Charlotte trocaram um olhar cúmplice antes da garota com traços orientais responder:

— Precisamos que vocês vão para a sala dos professores. Conversamos com o Nathaniel antes de virmos falar com vocês e ele deixou a porta destrancada. 

— Assim que entrarem lá, por favor, acionem a polícia e digam para virem com urgência, porque o Colégio está sendo assaltado! — Charlotte, que até então só observava a conversa, completou a fala da Li. — E, por favor, não toquem em nada e, em hipótese alguma, saiam de lá, mesmo que outra pessoa entre lá também.

Certo, elas responderam e ao mesmo tempo não responderam a pergunta. Mas vamos dizer que seria loucura a gente topar aceitar fazer isso, se não fosse por um pequeno detalhe: a parte de acionar a polícia. Se estivessem tramando contra a gente, com certeza não nos pediriam para chamar a polícia. Então, ao mesmo tempo em que parecia ser um plano suspeito, parecia ser um plano que jogaria ao meu favor. E eu meio que fiquei disposta a pagar para ver até onde esse papo ia dar...

Os meus amigos também pensaram da mesma forma quando eu me afastei com eles para discutir qual decisão tomaríamos. E acabou que decidimos seguir o plano delas, mas só por causa da parte de acionar a polícia e porque estaríamos juntos na sala dos professores, caso fosse uma armadilha.

Então, no minuto seguinte, nós estávamos nos desviando da nossa rota em direção à diretoria, pra ir para a sala dos professores. Sobre o que era esse plano? Até o momento não sabíamos, especificamente. Mas estávamos com um pouco de medo dele. Além de medo, tensão e ansiedade pelo o que viria a seguir. No segundo em que abrimos a porta e pisamos dentro, Rosalya tirou o seu celular do bolso e fez a ligação.

— Alô? É da delegacia?

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Oii genteeeeeee! Voltei!

E como prometido, vou estar atualizando com mais frequência a partir de agora, se tudo sair conforme eu planejo que saia!

O que vocês acharam do capítulo de hoje? O que será que esse plano vai envolver, hein? Vocês acham que isso tudo não passa de uma armadilha da Charlotte e da Li? Ou vocês realmente acham que elas se arrependeram de seus atos e decidiram mudar?

Deixem aqui as suas apostas para o próximo capítulo!

Beijinhos e não se esqueçam de votar!

𝑭𝒍𝒂𝒚𝒔𝒂: 𝑶 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒂 𝑱𝒐𝒓𝒏𝒂𝒅𝒂 | Amor Doce ✔Where stories live. Discover now