UNIDOS PELA MEMÓRIA

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Tema: Dia de Los Muertos
Título: Unidos pela Memória
User: DestinoPoesia
Autor:  Jair Jr. M. Teixeira

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                Unidos pela memória

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                Unidos pela memória

Às vésperas do "Dia de Los Muertos" Joaquim meu filho espera afoito pelas comemorações. Jovem e muito ansioso, ele desperta todas as noites ao meu lado na cama e me pergunta ofegante:

- Pai, posso sair para brincar lá fora? Esta chegando o "Dia de Los Muertos!
Para esclarecer-lhes esta vontade, é preciso que compreendam algo. Em casa o garoto vive a brincar, pular, correr e até rolamento no chão ele pratica, é de fato peralta e muito traquina. Possuidor de uma energia incalculável. O menino nasceu para alegrar o ambiente e mesmo pré-adolescente conserva ainda os hábitos de uma criança saudável. Somos uma família muito unida, isto se deve ao fato de que partilhamos de uma mesma casa desde antes da mocidade de Joaquim. Por fora nossa casa parece pequena, mas é imensa e suntuosa, temos grandes candelabros de ouro que iluminam todo o ambiente. A luz é sempiterna, somos agraciados por ela.

Todos os anos no" Dia de Los Muertos" nossos pares constroem um grande portal com flores, por onde passam os que do mundo partiram, herança deixada para àqueles que vieram para seguir com as tradições. Desde a grande travessia para Tlalocan, o país de Tlaloc - o Deus da chuva -, criamos o hábito de dormir durante o dia e acordar a noite, somos seres mágicos e fantásticos e passamos desde há muito tempo a visitar os entes queridos em sonhos gentis. Estamos gravados na lembrança dos que um dia conviveram conosco e que infelizmente partiram. Joaquim muito travesso gosta de assustar os mais jovens, vez em quando a noite puxa um ou outro pelos pés e faz assim suas traquinices de adolescente. Tudo feito com muito entusiasmo para lembrar a todos da casa que o "Dia de Los Muertos" se aproxima. Nas noites de chuva que são constantes e antecedem a grande comemoração, todos e não apenas Joaquim estão ansiosos por rever os parentes que já não estão entre nós. Para tanto preparamo-nos com as boas lembranças e os velhos hábitos, parece que nestes dias de comemoração o tempo para e todos revivem a nostalgia de anos atrás. Joaquim com sua camisa flanelada e calça de brim na cor preta e o pequeno chapéu que fica agora até um pouco folgado em sua cabeça, dança ao som dos mariachis pelas ruas nos "Dias de Los Muertos".
Eu e Julia minha esposa seguimos com os preparativos, pois logo chegara a hora em que nossos entes queridos terão a permissão de nos visitar e temos de estar prontos, afinal seremos nós os grandes anfitriões. Para a euforia de todos, o "Dia de los muertos" chegou e partimos para a tão esperada visitação, a passagem pelo grande portal é fantastica.

Nossa antiga casa parece a mesma, com nossos retratos, os santos que a família cultua e todas as guloseimas prediletas em fartos banquetes, tudo meticulosamente bem-planejado.
Uma energia contagiante que chega a estalar os ossos e nos fazem crer no poder da união familiar. Estamos mais vivos que nunca na memória daqueles que não partiram.
Somos visitados nas campas a florir, com nossos retratos de tempos memoráveis e inenarráveis. Somos a lembrança viva na mente dos que por nos ainda vivem e celebram de forma tão empática esta data para além de especial.

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