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2 . More Candy

— Estás cadeiras são novas, chegaram ontem — Alina diz removendo o saco bolha das pernas da cadeira — São lindas, né?!

— São retro, o Chefe deve ter pagado bem caro por elas — respondi analisando o conjunto.

— Elas vão ficar na vitrine junto com a mesa, daí você pode decorar colocando o jogo de chá?

— Ok — respondi levantando do banco que estava sentade — finalmente aquela vitrine estará completa.

— Vou trazer aquele bolo de isopor que fizemos mês passado, vai ficar um charme — ela sai de vista saltitando.

Eu suspiro de cansaço. Alina era a chefe quando o senhor Tadashi não estava, ela tinha medo de fazer algo errado então sempre era muito dura e persistente com os funcionários. Estou fazendo horas extras faz um mês e meio e isso está me matando. Tento pegar a cadeira e levantá-la, mas ela parece um pouco mais pesada do que imaginei. Ela é branca e tem detalhes muito bonitos e delicados. Abro a vitrine por dentro e começo a ajeitar um espaço para colocar ambas as cadeiras para completar a mesa vintage de vidro.

A vitrine é uma amostra geral para chamar a atenção dos clientes, então nem sempre os "produtos" que ficam a mostra são reais ou comestíveis. Geralmente mandamos fazer uma cópia com um rapaz que faz artes com resina e biscuit, mas algumas raras vezes colocamos alimentos reais.

Me abaixo e começo a engatinhar pela cabine. O piso apesar de sustentar uma mesa de vidro e ferro e outros ornamentos, ainda assim não parece muito resistente para meu corpo, então eu sempre tenho cuidado em não ficar em pé lá dentro.

Arrasto um tapete para colocar no chão para não o arranhar quando colocar a cadeira. Estou acertando tudo quando sinto uma sombra do lado de fora, encarando a vitrine.

Vou caminhando o olhar para cima. Primeiro vejo uma calça jeans, uma camiseta branca e por fim, olhos fundos e esbugalhados por baixo de fios de cabelos negros e despenteados.

Era o rapaz do dia anterior. Ele estava me encarando (ou encarando os cupcakes falsos na mesa, vai saber) com muita vontade em sua alma. Me sinto constrangida, abaixo da cabeça e continuo arrumando o tapete tentando ignorar sua presença.

Alguns segundos se passaram até que escuto um o sino da porta tocar sinalizando uma pessoa entrar na loja. Aquilo alertou o rapaz que decidiu entrar também.

Ótimo.

— Por favor, um instante, já vou atendê-los — aviso dando ré para sair da cabine. Me trombo com alguém atrás de mim. Foi constrangedor — Oh, perdão. Poderia esperar no balcão, por favor.

— Aqueles macarons estão à venda? — o rapaz parado com uma voz calma e linear. Ele aponta em direção a mesa com a mão preguiçosa e os dedos caídos como se não tivesse força para usar os membros ou apenas não tinha vontade.

🍬𝐂𝐀𝐍𝐃𝐘 & 𝐤𝐢𝐬𝐬 - L lawlietWhere stories live. Discover now