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7 »  " isn't what it looks like " 



       Acho que vir para a América foi algo que fiz de bom, sair um pouco daquele ambiente está a fazer-me bem, estamos aqui a quase uma semana e tem sido incrível. Hoje vamos actuar num pequeno café, onde podem haver concertos ao vivo, parece que nos convidaram. Eles andam todos nervosos pela casa, cantam para um lado, dormem. Eu apenas me levantei agora, faço o meu caminho até à casa de banho, tomo banho e saio enrolada à toalha. Provavelmente devem ser quase seis da tarde. Se dormi o dia todo? Não propriamente, levantei-me para almoçar e voltar para a cama. Melhor que isto não há. Ainda estou a pensar no jantar que tive com o Luke. Tirei os meus pensamentos sobre ele da cabeça e retiro da mala umas calças pretas, uma camisola preta de meia manga e calcei as minhas botas pretas. Penteei o meu cabelo loiro e peguei no telemóvel que se encontrava em cima da cama e desci até ao andar de baixo.


- não me digas que estiveste a dormir até agora? - o meu irmão decide perguntar-me quando chego à sala onde já se encontram todos - devias estar aproveitar a praia - ele fala e eu reviro os olhos e olhei para o Fred, eu não me esqueci do que ele disse

- eu não vim para aqui para a praia, se quisesse tinha ficado lá - eu respondo rude

- queres ir assistir ao nosso concerto? - o Nathan interrompe este mau ambiente presente - seria bom ter-te lá - um sorriso parece no rosto do meu irmão

- eu irei com vocês - ele fala e puxa-me pelos ombros - eu vou adorar ouvir a voz da minha doce irmã - ele diz e eu dou um sorriso pequeno 


       Depois de ter-mos jantado em casa do meu irmão fomos até ao café, aquilo não estava nem muito cheio nem muito vazio. Havia pessoas diferentes, com personalidades diferentes. Entramos e um homem de vinte e tal anos aborda-nos.


- ainda bem que chegaram - ele diz - estava à vossa espera - ele diz e seguimos atrás dele, o meu irmão ficou na mesa e nós subimos até ao pequeno palco - a vossa actuação pode começar daqui a dez minutos - ele avisa e deixo-nos no palco, algumas pessoas olhavam-nos curiosos e felizes, tiramos as coisas das mochilas, o Fred instalou-se na bateria do bar, antes de começar-mos bebemos algo, voltamos para o palco e preparamos-nos

- somos os the soulless e estamos aqui para cantar American Idiot dos Green Day e Say My Name/Cry Me A River dos The Neighbourhood - o Fred apresenta-nos


- Don't wanna be an american idiot

Don't want a nation under the new media

And can you hear the sound of hysteria?

The subliminal mind fuck america - a voz do Nathan soa pelo café 


- Welcome to a new kind of tension

All across the alienation

Where everything isn't meant to be o.k.

Television dreams of tomorrow

We're not the ones who're meant to follow

For that's enough to argue -a nossas vozes misturam-se 


- Well maybe I am the faggot America

I'm not a part of a redneck agenda

Now everybody do the propaganda!

And sing along in the age of paranoia - a minha voz sai num tom irónico


- Welcome to a new kind of tension

All across the alienation

Where everything isn't meant to be o.k.

Television dreams of tomorrow

We're not the ones who're meant to follow

For that's enough to argue - tocamos e prolongamos  a parte instrumental



- Don't want to be an american idiot

One nation controlled by the media

Information age of hysteria

Calling out to Idiot America

Welcome to a new kind of tension

All across the alienation

Where everything isn't meant to be o.k.

Television dreams of tomorrow

We're not the ones who're meant to follow

For that's enough to argue - as vozes de todos nós os quatro cantam em conjunto com os nossos instrumentos 




      Depois de algum silêncio interrompido pelos aplausos e pelo começo da parte instrumental da música Say My Name/Cry Me A River , a minha voz soa enquanto eu fecho os olhos e passo a palheta sobre as cordas da minha guitarra. A voz da Sienna faz contraste com a minha no momento em que começa a cantar o verso que lhe foi destinado. Por vezes é incrível ouvir a harmonia que as nossas vozes fazem sempre que cantamos juntos. 


     Quando acabamos, fizemos uma vénia e ouvimos as palmas do pequeno publico, os meus olhos encontraram-se com os olhos orgulhosos do meu irmão e com os olhos azuis. Deixando-me com um friozinho na barriga. Isto não é normal. Descemos do palco e um homem de trinta anos mete-se em frente a nós


- vocês são incríveis, eu adorei ouvir-vos, as vossas vozes são perfeitas, são melodia - o homem fala - desculpem, sou o Klaus, produtor de música - ele fala

- o Klaus Bood? - o Nathan pergunta e o homem assente - eu sou mesmo fã, você fez um ótimo trabalho - ele elogia-o 

- obrigada, vocês é que são perfeitos e eu adoraria poder trabalhar com vocês - ele estende um cartão ao Fred - estarei disponível para quando quiserem - ele diz - parabéns - ele fala e deixa-nos a olhar para o cartão

- isto foi inesperado - eu falo e o Nathan olha-me atentamente - podes parar? - eu dou uma gargalhada

- adoro ver-te assim - ele dá-me um beijo na bochecha e caminhamos até ao meu irmão e o resto dos rapazes, o Fred dá um abraço apertado ao Ashton, dou um leve abraço a cada um mas quando chego ao Luke, este dá-me um leve beijo perto da boca

- vocês são incríveis - o meu irmão fala, enquanto se sentaram, o Luke estava com uma mão atrás das costas, enquanto todos se sentam o Luke tira a mão e à minha frente estão duas rosas, uma vermelha e outra preta

- tens uma voz incrível - ele elogia-me e as minhas bochechas ganham um pouco de cor e agradeço um pouco e ele ri-se, quando nos sentamos eles decidem começar com os filmes

- há algo que vocês não nos estão a contar - o Ashton fala e todos abanam a cabeça em sinal de que concordem com o baterista 

- nós não temos nada para contar - ele fala e eu olho para ele - já não posso oferecer rosas sem segundas intenções? - a sua voz sai um pouco rouca

- nós não dissemos isso - o Fred diz - mas vocês têm andado um pouco estranhos e juntos - ele finaliza a sua ideia

- não é o que parece - eu falo e fixo olhar nas rosas que estavam à minha frente, eu não sei o que sinto, eu não posso admitir ou achar qualquer coisa, estou farta que todos se metam na minha vida

Flawless » Luke HemmingsWhere stories live. Discover now