Meu Único Diamante - (Lady Dimitrescu)

5. Confiança

─ Eu gosto de conferir de perto como os meus diamantes estão sendo cuidados, ainda mais você.

─ Seus diamantes?

A feição de Miranda mudou bruscamente. A mais velha se levantou, caminhou até Alana, se inclinou sobre a garota e segurou em seu queixo para garantir a atenção da garota.

─ Você é minha, querida. Eu a escolhi. Apenas te dei um lugar para se acomodar, mas eu posso tê-la quando eu desejar. Entende isso?

Alana se sentia tão intimidada pela magnata que só conseguiu concordar com a cabeça. Miranda sorriu em satisfação, pois não aceitaria ser contrariada.

─ Eu posso ir? Acredito que a Lady deva estar precisando de mim. - Essa foi a única desculpa que a garota conseguiu inventar para poder se livrar das garras de mãe Miranda.

─ É claro, querida. Vá, eu também já estou de saída. - Aquela mudança de humor já estava assustando a garota. A mais velha se afastou e deixou a garota se levantar e ir até à condessa.

A garota se segurou para não correr dali, al invés disso, andou tranquilamente até encontrar a Condessa, que para a infelicidade de Alana, estava com Isadora.

─ Interrompo? - Isadora se assustou e colocou a mão em seu peito, ao contrário da Condessa que parecia saber que a garota se aproximava.

─ Não, Alana. Como foi com mãe Miranda? - A Condessa olhou para Isadora, que continuava ali, até que a jovem se tocou e saiu bufando, sabendo que sua presença não era mais bem-vinda.

─ Ela é bem intimidadora. - A jovem encarou as íris amarelas e percebeu que aquela mulher em sua frente não parecia a Lady que havia matado alguém noite passada. Era como se existissem dois extremos ali dentro.

─ De fato, mas ela não fará mal algum a você. Apenas a obedeça e ficará bem. - Alcina pôde ouvir os batimentos da garota aumentarem. ─ Você está nervosa, querida?

─ Não... Eu... Só estou te olhando. Normal. - O tom nervoso da garota fez a Condessa sorrir, o que fez a respiração de Alana parar por alguns segundos.

─ O que foi? - Disse a Lady sem entender o porquê a jovem segurava a respiração.

─ Você.

─ O que tem eu?

─ Nada... Eu preciso ir descansar, já está tarde. - Alana percebeu o quanto estava dando mole ali. Aquela mulher era uma predadora e não deveria ficar sozinha com ela.

─ Você está certa, já está na hora de ir. - Alcina sentiu que a garota tinha algo para falar, mas algo a estava impedindo. Alcina sabia ser o medo. Mas não entendia o que havia feito para a jovem.

[...]

Antes da Condessa pegar no sono, uma batida em sua porta a fez ficar em alerta. - Eu juro, se não for nada importante, hoje alguém irá morrer neste castelo!💭

Quando a Lady abriu a porta viu uma serviçal com uma camisola na mão, a mesma que Alana usava para dormir.

─ Já viu que horas são? Porque está me importunando? - A serviçal estava tremendo, claramentecom medo de ser punida.

─ Minha Lady, vim notificar que hoje fui lavar as roupas de seu diamante e havia sangue em suas vestes.                                                                          

Rapidamente a Lady tirou o vestido das mãos da garota e viu sangue em algumas partes do vestido. A Condessa largou o vestido e foi até o quarto ao lado, o quarto de Alana e Isadora. A mais velha entrou sem bater, acendeu alguns abajures, assustando as garotas.